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As ações do setor de educação registraram uma disparada na sessão desta quarta-feira (8), com expectativas sobre o Financiamento Estudantil (Fies), tida como uma das prováveis vitrines do governo Lula neste novo governo.
O destaque entre as altas entre as ações pertencentes ao Ibovespa fica com a Yduqs (YDUQ3), com salto de 12,17% (R$ 7,56), sendo seguida pela Cogna (COGN3), com avanço de 8,91% (R$ 2,20).
Fora do índice, Anima (ANIM3) subiu 13,15% (R$ 3,70), Ser Educacional (SEER3) perdeu fôlego e avançou 2,90% (R$ 3,90), enquanto Cruzeiro do Sul Educacional (CSED3) teve ganhos de 6,46%, a R$ 3,13.
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A alta é motivada por uma portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça. O ministro da Educação, Camilo Santana, criou grupo de trabalho (GT) para avaliar o Fies, sendo que a portaria estabelece que a equipe deverá “realizar diagnósticos sobre a situação atual do Fies” e “apresentar proposta e cronograma para realização de estudos” sobre o Fundo.
O grupo será composto por servidores de secretarias e órgãos do próprio Ministério da Educação (MEC), incluindo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O GT terá duração de 180 dias, que poderá ser prorrogada por decisão do secretário executivo adjunto do MEC.
Apesar da reação positiva do mercado, o Morgan Stanley fez ressalvas sobre o tema. Os analistas apontam que a relevância da notícia dependerá de diversos fatores, como a quantificação dos recursos a serem aplicados e as novas regras (se será válido para o presencial somente ou para o ensino a distância, a distribuição dos recursos por geografias ou carreiras). A depender desses fatores, as medidas podem ter diferentes vencedores/perdedores.
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Cabe destacar que, às vésperas da eleição de Lula, no fim de outubro do ano passado, havia uma expectativa positiva para as ações do setor de educação, com os ativos do segmento registrando algumas sessões de disparada em meio às projeções de várias casas de reformulação do Fies.
“Uma reformulação do FIES pode ter um impacto substancial nas tendências de ingressos do campus e de mensalidades. As mensalidades vinham caindo em termos reais nos 10 anos anteriores a 2011, quando o governo começou a expandir o programa, levando a um período de 5 anos de reajustes reais de mensalidades, interrompido um ano após o início da redução do programa, em 2015. Atualmente, o programa do governo compõe 4% dos ingressos em campus de universidades, contra um pico de 39% em 2014”, avaliou o JPMorgan antes da eleição.
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