Servidores federais pedem ao governo reajuste maior para o funcionalismo, de 13,5%

Reajuste de 7,8%, proposto pelo governo, não compensa perdas salariais acumuladas nos últimos anos, diz Fonacate

Estadão Conteúdo

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O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) enviou ao governo federal uma contraproposta de reajuste salarial para os servidores federais este ano. O fórum propõe que a recomposição salarial seja de 13,5% a partir de março, maior do que o porcentual proposto pelo Executivo, de 7,8%. Uma nova reunião da mesa permanente de negociação entre o governo e os servidores deve ocorrer na terça-feira (28).

A oferta do governo também contempla um aumento de R$ 200 no vale-alimentação dos servidores, valor que representa a recomposição inflacionária de fevereiro de 2016 a fevereiro deste ano. Nos cálculos do governo, a proposta caberia dentro do orçamento reservado para esse fim em 2023, de R$ 11,2 bilhões.

Em ofício endereçado ao secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho do Ministério da Gestão, Sérgio Mendonça, o Fonacate argumenta que o reajuste de 7,8% fica muito aquém das perdas salariais acumuladas nos últimos anos, em que o funcionalismo federal teve o salário congelado.

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Segundo o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, talvez seja necessário buscar um pouco mais de recursos orçamentários para atender a demanda dos servidores. “Dá para fazer com R$ 11,2 bilhões, talvez buscando mais R$ 1 ou R$ 2 bilhões”, disse.

O fórum ainda propõe que o governo inclua no acordo com os servidores o compromisso de equiparar todos os benefícios com os demais Poderes até o fim de 2026, “sem deixar de reconhecer o esforço feito para reajustar o auxílio-alimentação pela variação do IPCA desde 2016”.

“Diante do exposto, reiteramos a necessidade de reajuste salarial emergencial aos servidores públicos federais e nos colocamos à disposição para o diálogo”, diz o ofício assinado por Marques.

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