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O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta sexta-feira (10), ampliando as perdas da véspera, com investidores atentos ao encontro de hoje entre o presidente Lula e Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, em meio a rumores sobre possível alteração na meta de inflação de 2023 – de 3,25% para 3,5%.
Essa medida, se efetivada, indicaria os efeitos da forte pressão do governo (notoriamente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva) sobre o Banco Central, que tem pautado o debate econômico nas últimas sessões.
No entanto, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, voltou a negar a existência de qualquer ruído entre o governo federal e o Banco Central, além de reiterar que o governo não tem intenção de reverter a autonomia da instituição.
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Em destaque na temporada de resultados, os investidores repercutem principalmente os números do Bradesco (BBDC4), que não agradaram, enquanto avaliam os números divulgados pela Usiminas (USIM5) durante a manhã.
Ibovespa hoje: o movimento da Bolsa ao vivo nesta sexta-feira
Às 9h10 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para fevereiro operava com baixa de 0,87%, aos 107.135 pontos.
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Em Wall Street, os índices futuros de Nova York operam em queda, à espera de mais falas de membros do banco central americano.
Christopher Waller, governador do Fed, e o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, estão previstos para discursar na tarde de hoje.
Investidores também repercutem resultados da temporada de balanços americana. A plataforma de carona Lyft viu suas ações despencarem 30% no after market após um resultado decepcionante no quarto trimestre. A Expedia também viu suas ações caírem 2% depois que seus ganhos e receitas ficaram abaixo das expectativas dos analistas.
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Com relação aos dados econômicos, a Universidade de Michigan divulgará os dados da confiança do consumidor para fevereiro.
Nesta manhã, Dow Jones Futuro caía 0,45%, S&P Futuro recuava 0,68% e Nasdaq Futuro tinha desvalorização de 1,18%.
De volta ao cenário local, saem dados de serviço de dezembro, com consenso Refinitiv projetando alta de 1% na comparação com novembro.
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Dólar
O dólar comercial operava com alta de 0,21%, cotado a R$ 5,289 na compra e 5,290 na venda, ampliando os ganhos da semana passada. Já o dólar futuro para março recuava 0,12%, a R$ 5,303.
No mercado de juros, os contratos futuros operam com alta por toda a curva de juros. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com alta de 0,02 pp, a 13,46%; DIF25, +0,04 pp, a 12,94%; DIF26, +0,06 pp, a 13,05%; DIF27, +0,07 pp, a 13,21%; DIF28, +0,08 pp, a 13,66%; e DIF29, +0,07 pp, a 13,52%.
Exterior
Os mercados europeus operam com baixa na sessão de hoje, com investidores avaliando as perspectivas de política monetária após comentários do Fed na véspera e dados do Reino Unido.
A economia do Reino Unido registrou crescimento zero no quarto trimestre de 2023, de acordo com dados preliminares do Office for National Statistics.
Em dezembro, no entanto, o produto interno bruto (PIB) encolheu 0,5% mês a mês, acima do esperado, após dois meses de crescimento inesperado.
O Banco da Inglaterra previu na semana passada que a economia britânica entraria em uma recessão superficial de cinco trimestres no primeiro trimestre de 2023.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam no vermelho, com exceção do Japão, com o iene subindo em relação ao euro e ao dólar americano na sexta-feira.
O movimento de alta do Nikkei, do Japão, segue um relatório que disse que Kazuo Ueda seria nomeado o próximo governador do Banco do Japão.
Na frente econômica, os preços ao consumidor da China subiram 2,1% em janeiro em comparação com o ano anterior, marcando o ritmo mais rápido em três meses. O resultado, contudo, ficou ligeiramente abaixo das estimativas de economistas em pesquisa da Reuters, que esperava um aumento de 2,2% nos preços.
As cotações do minério de ferro sobem na Bolsa de Dalian.
Tanto o contrato do petróleo tipo WTI quanto o Brent operam com forte valorização na sessão de hoje, engatando a quinta sessão de alta consecutiva, com esperanças de uma forte recuperação da demanda por combustível na China.
O dólar mais fraco também apoiou os preços do petróleo, uma vez que o dólar mais fraco torna o petróleo mais barato para detentores de outras moedas e muitas vezes estimula a compra.
Análise técnica de Ibov e dólar, por Pamela Semezatto, da Clear Corretora
IBOV: “Depois de uma forte reação compradora, ontem devolveu todo o movimento indicando mais força vendedora, porém ainda não rompeu o fundo anterior para confirmar tendência de baixa no curtíssimo prazo. Segue extremamente lateral no curto prazo, com extremidades em 98.000 e 121.000 pontos e consolidado no curtíssimo com suporte em 102.800 e resistência em 114.000.”
DÓLAR: “Movimento segue forte na compra e ontem fechou acima da resistência intermediária de 5.260 pontos. Por ter se segurado no suporte da consolidação de 5.060, espero por teste na região de resistência em 5.420 e 5.530.”