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Em comunicado após questionamentos da B3 e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Oi (OIBR3;OIBR4) sinalizou desconhecer os motivos por trás da disparada expressiva das ações nos últimos pregões, com destaque para a ação ON, mais líquida.
Na véspera, as ações ON saltaram 22,83% e, nesta quarta-feira (25), os ativos dispararam 34,62%, acumulando ganhos de 65,35% em apenas dois dias, indo de R$ 1,27 para R$ 2,10; na sexta-feira (20), a alta já tinha sido de 16,36%.
Já os papéis PN tiveram alta menos expressiva, mas ainda assim importante, de 14,80% na última terça e de 19,95% nesta quarta, indo de R$ 3,58 para R$ 4,93 em dois pregões, ou um avanço de 37,71%. Na sexta, a alta tinha sido de 7,65%.
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“A esse respeito, a Oi esclarece que não há fatos ou atos relevantes que em seu entendimento possam justificar possíveis oscilações atípicas no número de negócios e na quantidade negociada de ações da companhia, além daqueles amplamente já divulgados ao mercado”, destacou a empresa.
A empresa ainda “reafirma seu compromisso de manter seus acionistas e o mercado informados a respeito dos aspectos relevantes e significativos de seus negócios, bem como reitera que os investidores e o mercado em geral devem pautar-se tão somente pelas divulgações oficiais realizadas pela companhia”, conforme concluiu em seu comunicado.
Ao InfoMoney, um operador que acompanha o papel apontou não haver notícias da empresa que justifiquem a oscilação, assim como nada mudou em relação aos fundamentos e perspectivas. Contudo, observou que, olhando para o book de negociação da companhia, há investidores institucionais comprando os ativos.
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Ceticismo do mercado
O fim da recuperação judicial da Oi foi anunciado em meados de dezembro. Porém, as perspectivas para a companhia pelos analistas de mercado a partir daí ainda não têm sido positivas.
Na última segunda-feira (23), o UBS BB reduziu o preço-alvo dos papéis ordinários da Oi, alegando que a empresa ainda tem muitos pontos a resolver, ainda que tenha saído da recuperação judicial. O corte foi de R$ 6 para R$ 1,35, redução de 78%. A casa reiterou recomendação neutra para o papel.
O relatório do UBS BB, assinado por Leonardo Olmos e sua equipe, dá destaque à dívida bruta de R$ 22 bilhões da Oi, o que representa uma alavancagem de mais de 10 vezes da dívida líquida/Ebitda da companhia. Também observa que a empresa não conseguiu entrar em qualquer acordo definitivo com seus credores.
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Na avaliação dos analistas da casa, a renegociação dos débitos vai ser fundamental para a Oi no curto prazo. Mas convencer os credores não vai ser uma tarefa fácil, já que as negociações começaram com a empresa pedindo um desconto de 50% e uma injeção de capital de R$ 1 bilhão.
No último dia cinco de janeiro, a equipe de research do Santander Brasil rebaixou a recomendação das ações ordinárias da Oi de “manutenção” para “abaixo de mercado” (equivalente à venda). Também atualizaram o preço-alvo do papel, de R$ 0,90 para R$ 0,15, antes do grupamento dos ativos de 10 para 1, que passou a vigorar no dia 9 de janeiro. Fazendo a equivalência, o preço-alvo seria de R$ 1,50.
A justificativa principal para a redução foi a queima de caixa maior do que a esperada nos nove primeiros meses de 2022, além da redução do consenso para os resultados operacionais no curto prazo.
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