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O Ibovespa Futuro opera em baixa nos primeiros negócios desta segunda-feira (9), refletindo a cautela dos investidores aos ativos de risco após grupos de bolsonaristas radicais invadirem e depredarem, no domingo, o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou na tarde de ontem intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. Ela está valendo até o dia 31 e faz com que o controle de todos os órgãos distritais de segurança seja centralizado. O Congresso Nacional vai interromper o recesso legislativo para votar entre hoje e amanhã a intervenção federal decretada por Lula.
Além disso, a Petrobras (PETR3;PETR4) está intensificando a segurança em suas refinarias, em uma medida cautelar após receber ameaças de ataque contra instalações, incluindo as refinarias Reduc e Repar, segundo reportagem da Reuters.
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Saiba mais: As repercussões do mercado ao vivo após invasão no DF
Às 9h08 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para fevereiro operava com baixa de 0,97%, aos 109.550 pontos.
A avaliação de analistas é de que os mercados devem reagir negativamente, mas no curto prazo, conforme apontam a equipe de estratégia do JPMorgan. “À medida que o trabalho diário do governo é retomado, a atenção deve voltar às questões macro que vêm ganhando importância e, aos poucos, mas com firmeza, as mudanças microrregulatórias que começam a ganhar mais espaço nas discussões governamentais”, aponta a equipe do banco americano.
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O Itaú BBA apontou esperar que os preços dos ativos brasileiros sofram, dado o aumento do prêmio de risco institucional, “mas com o tempo o impacto tende a diminuir, já que o o foco provavelmente retornará ao debate sobre política econômica. Devemos esperar que os mercados de ações sofram, os juros subam e o real se desvalorize, ainda que não por muito tempo, como aconteceu em episódios semelhantes em outros países”, apontam.
Em Wall Street, os índices futuros operam em alta, ampliando os ganhos da última sexta-feira (6), quando o relatório de emprego de dezembro sinalizou que a inflação pode estar diminuindo com a desaceleração do avanço dos salários, o que aumentou as esperanças de que os aumentos de juros do Fed estejam atingindo seu objetivo.
Nesta manhã, Dow Jones Futuro avançava 0,28%, S&P Futuro subia 0,35% e Nasdaq Futuro tinha alta de 0,34%.
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De volta ao cenário local, governadores irão se reunir nesta segunda-feira (9) com o presidente Lula e com representantes do Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro está previsto para às 18h.
Na frente econômica, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 2023 (de 5,31% para 5,36%), 2024 (de 3,65% para 3,70%) e 2025 (de 3,25% para 3,30%), segundo projeções divulgadas nesta segunda-feira (9) pelo Relatório Focus, do Banco Central.
A previsão da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) foi mantida em 12,25% para este ano, mas a de 2024 subiu de 9,0% para 9,25%. A de 2025 continuou em 8,0%.
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Dólar
O dólar comercial operava com alta de 0,69%, cotado a R$ 5,272 na compra e 5,273 na venda, após fechar em forte baixa na última sexta-feira, com dados de emprego norte-americanos em linha com o esperado e tom conciliador do presidente. Já o dólar futuro para janeiro tinha alta de 0,76%, a R$ 5,300.
No mercado de juros, os contratos futuros sobem forte, após as taxas de juros futuras registrarem elevação por toda a extensão da curva na semana anterior. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com alta de 0,08 ponto percentual (pp), a 13,68%; DIF25, +0,18 pp, a 13,03%; DIF27, +0,16 pp, a 12,95%; e DIF29, +0,14 pp, a 12,98%.
Exterior
Os mercados europeus iniciam a semana em alta, com otimismo renovado pela nova reabertura da economia chinesa. Hong Kong e a China retomaram viagens entre elas sem a necessidade de quarentena no fim de semana.
A produção industrial da Alemanha de dezembro avançou 0,2%, ficando ligeiramente acima do consenso de mercado. Investidores ainda repercutem a taxa de desemprego na Zona do Euro, que fechou o mês de novembro em 6,5%, estável em relação a outubro, mas baixo dos 7,1% registrados em novembro de 2021.
As cotações do petróleo sobem forte na sessão de hoje, com a reabertura da fronteira entre a China e Hong Kong, o que elevou as perspectivas de demanda por combustível e compensou parcialmente as preocupações com uma recessão global.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam em alta generaliza, com a China reabrindo as fronteiras com Hong Kong sem a necessidade de realização de quarentena.
Com isso, a segunda maior economia do mundo praticamente encerra a quarentena às demais regiões administrativas. No entanto, autoridades locais disseram que a reabertura deve acontecer de maneira gradual e ordeira.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 1,77%, com ações de tecnologia lideraram os ganhos ao lado de nomes de viagens e consumo. Na China, o Shanghai Composite subiu 0,58%, para 3.176 pontos.
Os preços do minério de ferro na China, contudo, recuam com preocupações sobre aumento dos casos de Covid no país ainda no radar dos investidores.
Além disso, o anúncio de trabalhos de manutenção em alguns altos-fornos e instalações siderúrgicas por algumas siderúrgicas diminuiu ligeiramente o sentimento do mercado de minério de ferro após o rali da commodity.
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