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SÃO PAULO – Juntar R$ 1 milhão é o desejo de muitas pessoas. Mas você faz ideia de quanto é preciso aplicar por mês para conseguir acumular esta quantia? O InfoMoney conversou com o especialista de investimentos Lucas Paulino, da plataforma de investimentos Mais Retorno, e ele ajudou com os cálculos.
Um dos pontos mais importantes para quem quer investir é entender o poder dos juros compostos sobre a sua rentabilidade – isso quer dizer que quanto antes começar a investir, melhor.
Para se ter ideia, se considerarmos uma aplicação inicial de R$ 10 mil, com aportes mensais de R$ 1.500 e uma rentabilidade de 9% ao ano, o patrimônio acumulado ao final de 10 anos seria de R$ 308 mil. Agora se dobrarmos o período para 20 anos, o valor acumulado chega em R$ 1 milhão. “Você triplica o saldo final”, afirma Paulino.
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Se aumentarmos o prazo para 30 anos, considerando as mesmas condições de taxa e valores, o valor acumulado atinge os R$ 2,6 milhões. Já se investir a mesma quantia por 40 anos, o total vai para R$ 6,5 milhões. É o poder dos juros compostos sobre os investimentos. “É um efeito muito forte. No curto prazo você pode não ver resultado, mas é importante que você mantenha resiliência e continue aplicando para que veja o efeito dos juros sobre juros lá na frente”, diz.
Isso quer dizer que quem quiser investir por apenas 10 anos nunca vai ficar milionário? Não, mas esta pessoa vai precisar fazer aportes mensais maiores. Seguindo o nosso exemplo, seria preciso aplicar mensalmente R$ 5.200 para chegar no R$ 1 milhão – muito maior do que se tivesse começado antes.
Fica fácil entender que quanto mais cedo você começar a investir, maior será a força dos juros compostos trabalhando a favor do seu dinheiro.
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Paulino fez os cálculos de quanto uma pessoa teria que investir por mês para chegar ao R$ 1 milhão, considerando uma aplicação inicial de R$ 10 mil e rendimento anual de 9%. Confira:
Prazo de investimento | Aportes mensais |
10 anos | R$ 5.200 |
20 anos | R$ 1.500 |
30 anos | R$ 520 |
40 anos | R$ 170 |
Agora, levando em conta as mesmas variáveis, porém corrigindo pela inflação de 3,5% ao ano, para ter o poder de compra dos R$ 1 milhão atual é preciso investir:
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Prazo de investimento | Aportes mensais |
10 anos | R$ 6.300 |
20 anos | R$ 2.400 |
30 anos | R$ 1.110 |
40 anos | R$ 580 |
Onde investir?
O investidor precisa ter em mente que o cenário mudou com a queda de juros. “Daqui para frente, olhando o cenário de alocação de investimento no Brasil, o investidor que quiser ter mais retorno terá que alocar em investimentos mais sofisticados e que busquem maior retorno – mas ele vai ter uma certa dose de risco”, alerta Paulino.
Segundo ele, se a visão for de longo prazo, é preciso diversificar as aplicações além da renda fixa. Entre as melhores opções estão os fundos multimercados e os bons fundos de ações, que contam com a administração de gestores profissionais.
Segundo Fernanda Alves, assessora de investimentos da Praisce Capital, existem bons fundos de previdência privada que podem ser utilizados se o objetivo for investir para aposentadoria. “Se você tem pouco dinheiro para investir, comece pelos fundos de previdência. Se tem muito dinheiro, também comece por esses fundos para depois diversificar em outras aplicações”, aconselha.
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Ela lembra que com a atualização das normas de alocação de fundos, muitas gestoras independentes criaram suas próprias versões de previdência. É o caso de casas renomadas como Adam, SPX, Alaska, AZ Quest, Verde e XP Gestão (todas elas disponíveis na plataforma da XP Investimentos).
“São fundos excelentes que possuem vantagem tributária, além de não terem come-cotas (antecipação de IR que acontece duas vezes por ano). Eles conseguem entregar ótimos retornos”, diz.
Por fim, outro ativo muito interessante para o investidor que pensa em acumular recursos no longo prazo é o título de inflação do Tesouro Direto, o Tesouro IPCA+. Este papel possui prazos de vencimento longos e paga sempre a inflação acrescida de um prêmio definido na hora da compra – que hoje está em torno de 4% ao ano. Isso quer dizer que você sempre terá garantido o ganho real (acima da inflação do período).
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Mas é importante levar esses títulos até o seu vencimento. Se resgatar antes, você ficará sujeito às oscilações de preço do mercado.