Publicidade
O conteúdo a seguir foi enviado na sexta-feira (2) aos assinantes da newsletter do InfoMoney. Para receber as próximas edições da newsletter, inscreva-se gratuitamente deixando seu e-mail no quadro abaixo:
Um discurso praticamente unânime entre analistas e operadores do mercado é o de que a Bolsa brasileira está barata. Essa avaliação considera que elementos como as incertezas sobre a economia internacional e a volatilidade do ano eleitoral jogaram os preços das ações listadas na B3 abaixo do valor considerado justo em alguns casos.
Para os investidores atentos ao vaivém das cotações, o momento soa como uma oportunidade de comprar ações baratas com potencial de valorização no futuro. Mas onde arrumar dinheiro para fazer esse movimento?
Newsletter
Liga de FIIs
Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
A dúvida do leitor Anderson, esclarecida na edição de sexta-feira (2) da newsletter InfoMoney Responde, trata exatamente desse assunto. Confira:
► Posso usar a reserva de emergência ou uma parte dela para aproveitar o mercado de baixa?
Anderson O.
A reserva de emergência é uma economia realizada ao longo do tempo que capaz de bancar as despesas mensais fixas por um determinado período, que deve ser acionada quando a pessoa sofre uma queda repentina de renda ou tem custos elevados também de maneira inesperada.
Continua depois da publicidade
Formar uma reserva de emergência é o primeiro passo para ter uma vida financeira equilibrada e para manter a saúde mental em dia. Esse “colchão” fornece tranquilidade psicológica para as pessoas, pois funciona como uma espécie de seguro para casos como uma demissão inesperada, o surgimento de uma doença na família ou outra situação imprevista.
Exatamente por se tratar de recursos para fazer frente a imprevistos, o recomendado é que sejam aplicados em produtos financeiros de liquidez elevada. Essa característica está presente principalmente nos investimentos de baixo risco, o que também é um elemento importante.
Como esses recursos podem ser demandados a qualquer momento, não há tempo para esperar e resgatá-los “quando o mercado melhorar”. É preciso que estejam disponíveis em aplicações seguras e livres de grande volatilidade – e esse não é o caso do mercado de ações.
Continua depois da publicidade
Por isso, o planejador financeiro Nélio Costa é categórico: “A ideia da reserva de emergência é ser um recurso que nunca será tocado, a não ser que seja necessário”, afirma. “Mesmo que o mercado de ações esteja descontado, não dá para saber se não pode cair mais ainda justamente quando o investidor precisar do dinheiro para alguma emergência”.
Para investidores que já possuem uma reserva de emergência e algum patrimônio, Costa sugere separa uma segunda reserva – essa, de oportunidade. Os recursos também devem ser mantidos em ativos de liquidez, fáceis de resgatar. O investidor que fica de olho no mercado pode lançar mão desse dinheiro quando perceber que há uma chance irresistível de ganhar mais com algum novo ativo.
“Sei que é tentador”, diz Costa. “Mas uma reserva de emergência bem dimensionada não deveria ser tocada em hipótese alguma, enquanto uma reserva de oportunidade serviria para essa situação”.
Continua depois da publicidade
O planejador recomenda que a reserva de emergência seja bem dimensionada, de acordo com as características do investidor e suas condições financeiras. Em geral, os especialistas recomendam que ela seja equivalente a três a 12 vezes o valor dos gastos mensais.
Costa lembra que, não raro, as pessoas acumulam um valor grande demais para imprevistos – por vezes, acima do necessário. É preciso considerar fatores como o regime de trabalho ou o tamanho da família para estabelecer o tamanho da reserva. Um funcionário público, por exemplo, demandaria um valor menor guardado do que um profissional autônomo, muito mais sujeito às oscilações da economia.
Se a reserva de emergência é bem dimensionada, podem sobrar recursos para a de oportunidade também.
Continua depois da publicidade
Quer participar da próxima edição da newsletter? Envie sua dúvida sobre investimentos para o e-mail onde_investir@infomoney.com.br.