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(Reuters) – Uma coalizão de ativistas de direitos civis cobrou nesta segunda-feira os anunciantes do Twitter a emitirem declarações sobre a retirada de seus anúncios da plataforma de mídia social depois que o bilionário Elon Musk, dono da rede social, suspendeu o banimento da conta de Donald Trump.
A conta de Trump, que o Twitter suspendeu após o ataque ao Capitólio promovido em 6 de janeiro do ano passado por seus simpatizantes, foi restabelecida no fim de semana. Cerca de 90% da receita do Twitter vem da venda de anúncios digitais.
Os grupos da coalizão “Stop Toxic Twitter” (“Parem o Twitter Tóxico”) reclamam que Musk prometeu aos anunciantes que a rede social adotaria uma abordagem ponderada para restabelecer contas banidas e que a plataforma convocaria um novo conselho de moderação de conteúdo. Nenhum conselho do tipo foi criado até esta segunda-feira.
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“Foi uma violação real”, disse nesta segunda-feira Angelo Carusone, presidente da Media Matters, que faz parte da coalizão. Ele disse que Musk “estava mentindo desde o início”.
“Em menos de três semanas, Musk voltou atrás em todas as promessas que fez a líderes e anunciantes de direitos civis”, disse Jessica Gonzalez, codiretora-executiva do grupo de mídia e democracia Free Press, que também faz parte da coalizão, em comunicado.
O Twitter, que perdeu boa parte de sua equipe de comunicação quando Musk demitiu milhares de funcionários da rede social pouco depois de assumir o controle da empresa, não comentou o assunto.
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Este mês, Musk reclamou que a pressão dos ativistas tinha causado “queda massiva de receita”.
Dos 100 maiores anunciantes do Twitter, 51 pausaram a veiculação de anúncios, disse Carusone.
A coalizão vai avaliar nomear as empresas ainda esta semana, caso não tenham emitido uma declaração pública sobre a pausa nos anúncios, acrescentou.
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Musk escreveu no sábado que o Twitter restabeleceu a conta de Trump após uma maioria apertada que votou “sim” em uma pesquisa que ele montou sobre o assunto na plataforma.
No sábado, Trump disse que não tinha intenção de voltar ao Twitter após ter sido expulso pela plataforma. “Não vejo razão nenhuma para isso”, disse o republicano por vídeo durante evento anual da Republican Jewish Coalition.
A conta de Trump tinha 88 milhões de seguidores antes de ter sido banida em 8 de janeiro de 2021.