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Como escolher os fundos que irão compor uma carteira de investimentos? E como saber a hora de resgatar? Quais aspectos devem ser analisados na construção de uma carteira? E na seleção de um fundo de investimento?
Para responder essas e outas perguntas relacionadas à análise de fundos de investimentos, Rogério Freitas, head de gestão da XP Advisory, e Guilherme Anversa, gestor da XP Advisory, foram os convidados do episódio 87 do Outliers, podcast apresentado por Carol Oliveira, coordenadora de análise de fundos da XP e Nathalia de Sá, analista de alocação e fundos no Research da XP.
Para Freitas, compreender a complexidade e o tamanho do segmento de fundos de investimentos e a necessidade de se ter uma escolha diligente e baseada em estudos históricos é importante para proteger o investidor. Em sua visão, a tendência ao imediatismo afasta o investidor de uma alocação eficiente no longo prazo.
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“Tem muita gente querendo ficar rico da noite para o dia”
Rogério Freitas, head de gestão da XP Advisory
Para Anversa, tudo começa pela visão macro do mercado até a construção da carteira dos clientes, entendendo as diferentes dinâmicas que cada um dos ativos possui e a tolerância a riscos e horizonte de alocação de cada investidor. O tamanho da indústria de fundos de investimentos oferece desafios consideráveis em sua visão, por isso a existência de processos estruturados.
“Tem mais pescador do que peixe dentro do universo de investimentos em ações listadas na Bolsa”, diz Anversa.
Ele reforça que ao fazer um filtro nos mais de 28 mil fundos da indústria brasileira, retirando os fundos exclusivos e estruturas que não são acessíveis ao investidor em geral, ainda sobram cerca de 3 mil opções. Comparado às cerca de 400 empresas listadas, o número faz entender os desafios consideráveis para o processo de seleção no portfólio, em sua visão.
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A taxa de “mortalidade” dos fundos de investimentos é levantada como um dos alertas por Freitas, que destaca a necessidade de se ter proximidade com as pessoas, processos e um time opinando e trocando informações sobre o segmento. Freitas conta que existem diversos fatores a serem considerados antes da alocação – sendo um trabalho complexo para o investidor comum.
“O asset allocation é responsável por 90% do resultado de uma carteira de investimentos”, afirma Freitas.
Sobre o processo de escolha e combinação entre diferentes classes ativos em uma carteira de investimentos, Freitas afirma que a delimitação do tamanho de cada classe de ativo na carteira do investidor é mais importante do que avaliar nominalmente para seleção em si dos ativos. Citando estudos conhecidos, realizados por grandes nomes do mercado – como Gary Brinson, David Swensen e Howard Marks – ele diz que o asset allocation é primordial no processo.
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A gestora XP Adivosory foi criada inicialmente para atender os clientes de Private Banking da XP, montando fundos exclusivos para grandes investidores. Freitas conta que, com o tempo e evolução do núcleo, novos segmentos de clientes foram sendo atendidos. Quando a XP Advisory atingiu R$ 58 bilhões sob gestão, passou a fazer parte da XP Asset, absorvendo também mandatos de alocação para o varejo. Atualmente, o núcleo atende desde investidores bilionários até o investidor em geral, com fundos de investimentos com alocação mínima de R$ 100.
A entrevista completa e os episódios anteriores podem ser conferidos por Spotify, Deezer, Spreaker, Apple e demais agregadores de podcasts. O podcast também está disponível no formato de vídeo no canal da XP no Youtube. Além disso, o relatório Indo a Fundo no Núcleo de Alocação da XP Advisory apresenta uma análise completa elaborada pelo time de Research da XP.