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A proteção da privacidade é um dos principais problemas entre os muitos que ainda restam quando se trata do uso da moeda digital do banco central (CBDC) da China, o yuan digital, de acordo com o presidente do BC chinês, Yi Gang.
“Também é importante ter em mente que o anonimato e a divulgação completa não são tão simples quanto o preto e branco. Há muitas sutilezas no meio”, disse Gang durante um discurso online na Hong Kong FinTech Week. “Portanto, devemos encontrar um equilíbrio entre proteger a privacidade e combater atividades ilícitas”.
Os bancos centrais e governos de grandes economias ao redor do mundo já sinalizaram sua intenção de explorar o desenvolvimento de uma CBDC de olho na liderança da China na tecnologia.
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O estresse sobre a privacidade vem em um mês no qual o yuan digital da China, também conhecido como e-CNY, atingiu a marca de 100 bilhões de yuans (cerca de US$ 14 bilhões) em volume de transações. O número representa um aumento de 14% em relação ao final do ano passado, ante crescimento de 154% nos últimos seis meses de 2021.
O e-CNY está sendo lançado em caráter experimental em todo o país em 23 cidades.
Gang ressaltou que o yuan digital está “principalmente posicionado como dinheiro para atender às necessidades de pagamento de varejo doméstico” – de forma a melhorar as finanças inclusivas e a eficiência do sistema de pagamento –, e enfatizou que a moeda digital foi projetada para “garantir a proteção da privacidade e a segurança financeira através do anonimato”.
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Ele explicou que isso é possível pelo fato de que “os dados relacionados à transação são criptografados para armazenamento, entidades e indivíduos são proibidos de consultas arbitrárias ou uso de informações sem autorização legal rigorosa” e que o banco central da China mantém “soft wallets e hard wallets para atender à necessidade de transações anônimas de valores pequenos, tanto online quanto offline”.
Soft wallets são carteiras de criptomoedas digitais, como a MetaMask e a TrustWallet. Já hard wallets são carteiras físicas, como as fabricadas por Trezor e Ledger.
O esforço em torno do projeto de moeda digital seria o principal motivo pelo qual a China, na visão de especialistas, vem reprimindo as criptomoedas. No ano passado, vale lembrar, o país declarou todas as transações e mineração de criptomoedas ilegais.
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