Vivo (VIVT3) tem resultado sólido e lucro superando projeções com ganhos não recorrentes – uma boa notícia para dividendos

Para a XP, a Vivo reportou resultados sólidos no 3º trimestre de 2022 com uma recuperação de margem consistente e uma aceleração no lucro líquido

Felipe Moreira

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A Telefônica Brasil/ Vivo (VIVT3) divulgou seus resultados operacionais referentes ao terceiro trimestre deste ano em linha com as estimativas do Credit Suisse. No entanto, uma contribuição inesperada da correção monetária sobre os créditos tributários impulsionou o lucro líquido (65% acima do esperado pela casa), “o que deve ser visto como positivo do ponto de vista de dividendos”, diz o banco.

Com relação a receita, analistas do Credit comentaram que a desaceleração do indicador era espera e veio em linha com suas estimativas.

“O destaque positivo foi o segmento de Dados Corporativos & TI, cujo crescimento de receita acelerou para 19,4% ao ano (12,9% no 2T). Do lado negativo, o crescimento da receita de FTTH caiu para 20,0% na base anual (23,7% no 2T22), abaixo de nossa estimativa de 21,6%, devido ao menor ARPU, a receita média por usuário (-2% na comparação anual) e adições líquidas ainda fracas”, apontam analistas.

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Já o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) superou projeções do banco suíço em 3% com o aumento de “outras receitas”, também relacionado principalmente à correção monetária de crédito tributário.

Credit Suisse acredita que os resultados do terceiro trimestre provavelmente levarão a uma revisão para cima nas estimativas de lucro líquido de 2022, mas é improvável que mudem as expectativas para 2023 em diante.

Para XP Investimentos, a Vivo reportou resultados sólidos no 3º trimestre de 2022 com uma recuperação de margem consistente e uma aceleração no lucro líquido.

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“A empresa registrou um sólido crescimento de receita líquida (+10,6% na base anual) e margem Ebitda de 40,6% (1,9 ponto percentual acima na comparação trimestral), impactada por: (i) alavancagem operacional; (ii) maior participação das receitas core (92,3%) e (iii) receita pré-paga impactada positivamente pela redução da alíquota de ICMS”, comenta a XP, em relatório.

Para a Levante, os resultados da Vivo vieram bons, acima das estimativas do mercado em relação ao seu Ebitda e lucro
líquido (mesmo considerando eventos não recorrentes). O destaque foi novamente o segmento Móvel, que apresentou robustos resultados e conseguiu, pela primeira vez em alguns trimestres, aumentar a receita média por usuário, a Receita Fixa continua tendo um desempenho satisfatório, com o segmento Core ganhando cada vez mais relevância.

“Como pontos de atenção para os próximos meses, destacamos: (i) continuidade da integração dos clientes da Oi Móvel à base de Clientes Vivo e da evolução na Receita Média Por Usuário; (ii) evolução na expansão e oferta de 5G; (iii) expansão do FTTH e como irá evoluir a Receita Média Por Usuário; e (iv) evolução na aplicação dos Remédios impostos pelo Cade e Anatel para aprovação da aquisição da Oi Móvel e possíveis desdobramentos”, avalia a casa de análise.

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Assim como destacou o Credit Segundo XP Investimentos, a recuperação do resultado neste trimestre pode ajudar a amenizar algumas preocupações de curto prazo quanto à sustentabilidade dos níveis de dividendos a serem distribuídos no ano. Com isso, mantém recomendação neutra e preço-alvo de R$ 58 para o fim de 2022, o que representa potencial de valorização de 46,5% em relação a cotação de fechamento da véspera de R$ 39,60.

Credit Suisse também reitera recomendação neutra para Vivo, com preço-alvo de R$ 52, potencial de alta de 31,3%, frente o fechamento da véspera.

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