Lucro da Alphabet, dona do Google (GOGL34), cai para US$ 13,9 bi e decepciona; ações caem forte no pós-mercado

Os números mais baixos são atribuídos a cortes de gastos de anunciantes para lidar com a desaceleração econômica

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)
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A Alphabet, controlada do Google (GOGL34), apresentou após o fechamento de Wall Street seus resultados do terceiro trimestre de 2022 (3T22), com números que decepcionaram as estimativas dos analistas. Os números mais baixos são atribuídos a cortes de gastos de anunciantes para lidar com a desaceleração econômica. Com isso, às 17h25, no pós-mercado da Nasdaq, os ativos caíam 5,84%, a US$ 98,80. As ações da Alphabet caíram 29% este ano até o fechamento de segunda-feira, com desempenho próximo ao do Nasdaq.

O lucro do Google caiu de US$ 18,94 bilhões no terceiro trimestre de 2021 para US$ 13,91 bilhões entre julho e setembro deste ano, uma baixa de 26,6% e abaixo das estimativas dos analistas. O lucro por ação foi de US$ 1,06 ante US$ 1,40 de um ano antes e abaixo da projeção Refinitiv de US$ 1,25.

Já a receita totalizou US$ 69,09 bilhões, um aumento de 6,10% na base de comparação anual, mas ligeiramente abaixo (2%) dos US$ 70,58 esperados pelo consenso Refinitiv.

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O crescimento da receita desacelerou para alta de 6% ante avanço de 41% no ano anterior, representando o ritmo mais fraco desde 2013.

Os dados reforçam preocupações de analistas de que a inflação continuará prejudicando os investimentos em publicidade. Na semana passada, a Snap anunciou sua menor taxa de crescimento de receita, o que a fez perder cerca de US$ 40 bilhões  em valor de mercado.

A receita de publicidade no YouTube foi de US$ 7,07 bilhões (queda de 2% na base anual) contra estimativa de US$ 7,42 bilhões (projeção de aumento de 3%), de acordo com estimativas da StreetAccount. Já a receita do Google Cloud foi de US$ 6,9 bilhões contra projeção de US$ 6,69 bilhões, de acordo com estimativas da StreetAccount

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À medida que os temores de uma recessão se intensificam, as empresas estão adotando uma abordagem mais cautelosa com seus orçamentos de publicidade. Para a Alphabet, controladora do Google, que depende em grande parte de anúncios digitais, isso levou a estimativas de crescimento reduzidas.

Os principais executivos da Alphabet fizeram referência aos desafios que a empresa enfrenta no release de divulgação de resultados de terça-feira. O CEO Sundar Pichai disse no comunicado que a empresa está “aprimorando foco em um conjunto claro de prioridades de produtos e negócios”, enquanto Ruth Porat, chefe de finanças, disse que “estão trabalhando para realinhar recursos para alimentar nossas maiores prioridades de crescimento.”

Durante o trimestre, Pichai promulgou algumas medidas de corte de custos em toda a empresa, citando desafios econômicos, incluindo uma possível recessão, inflação crescente, aumento das taxas de juros e gastos com publicidade moderados. Em setembro, Pichai disse que queria tornar a empresa 20% mais eficiente, e isso poderia incluir cortes de empregos e cortes de produtos.

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“O resultado neste trimestre prova que o Google não está imune aos desafios enfrentados pelo setor de publicidade digital”, disse Jesse Cohen, analista sênior da Investing.com.

Os resultados da Alphabet preocupam outras empresas do setor, especialmente a Meta, dona do Facebook e Instagram.

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