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A fabricante de jatos Embraer (EMBR3) informou nesta sexta-feira (21) que a Força Aérea Brasileira (FAB) reduziu de 22 para 19 o número total de aeronaves KC-390 Millennium encomendadas.
Em fevereiro de 2022, a FAB já havia reduzido de 28 para 22 do número total de aeronaves KC-390 Millennium a serem entregues.
O impacto estimado na carteira de pedidos firmes era de aproximadamente US$ 500 milhões na época.
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Segundo comunicado, o novo termo aditivo assinado encerra definitivamente a possibilidade de reduções unilaterais dentro da lei.
“As alterações aos contratos preservam o fluxo de caixa da companhia, asseguram a viabilidade econômica e financeira do projeto KC-390 Millennium e não alteram e não comprometem o guidance da companhia para o ano de 2022”, diz o comunicado publicado nesta manhã.
Por fim, a Embraer reforça seu “compromisso com o projeto KC-390/C-390 Millennium, aeronave multimissão de nova geração, bem como sua confiança no potencial de exportação deste produto, que traz inovações únicas em sua categoria e que já foi selecionado por três nações europeias”.
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Na avaliação do Bradesco BBI, o mercado não esperava outra redução no tamanho do contrato com a FAB, uma vez que já tinha havido uma redução em fevereiro de 2022. A Embraer reafirmou o guidance para 2022 e está buscando fazer o reequilíbrio deste acordo, o que deve mitigar a leitura negativa deste evento, destacam os analistas.
A recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) foi mantida, com preço-alvo de US$ 21 para o ADR ERJ da companhia (potencial de valorização de 123% em relação ao fechamento da véspera).
Já para o JPMorgan, a notícia foi positiva, reduzindo os ruídos sobre o tema ao encerrar a “saga” sobre o contrato com a FAB, recordando que houve um rumor referente à redução para apenas 15 aeronaves.
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“O anúncio de hoje deve representar uma redução de cerca de US$ 250 milhões no valor do contrato (cerca de 1% da carteira de pedidos do 2T22). Em nossa opinião, apesar da redução no tamanho do contrato, vemos este acordo como positivo, uma vez que: i) manterá o equilíbrio econômico-financeiro do contrato original – limitando, em nossa opinião, impactos no balanço da Embraer, como redução na margem do contrato; ii) elimina riscos de futuras reduções no tamanho do contrato; e iii) redefine o cronograma de entrega do KC-390 para a FAB”, apontam os analistas.
Além disso, pontuou que essa renegociação não afetará seu guidance para 2022 – especialmente em termos de margens, pois as entregas do KC-390 não fizeram parte das projeções. A recomendação para os papéis foi mantida overweight (exposição acima da média, ou equivalente à compra).
Nesta sexta-feira, ao meio-dia (horário de Brasília), os ativos EMBR3 caíam cerca de 1,30%, a R$ 12,19, na B3.
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