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O Credit Suisse reforçou, nos últimos dias, ações para vender ou reduzir participações em negócios importantes. Fontes familiarizadas com o assunto disseram que o movimento faz parte de uma reestruturação planejada para fortalecer o banco.
Até o momento, cerca de 10 licitantes apresentaram ofertas para o grupo de produtos securitizados do banco. Em julho, o Credit colocou o negócio, um dos mais rentáveis, no bloco de negociações. De acordo com o banco, a medida é para encontrar um investidor externo para conservar capital. Entre os licitantes está a Sixth Street Partners, que contratou um dos principais banqueiros do grupo no início deste ano para construir um negócio semelhante, segundo fontes. Outros incluem a empresa de aquisição Centerbridge Partners e Apollo Global Management.
O Credit Suisse está sob intensa pressão nos últimos dias para apresentar seus planos futuros. As ações e a dívida do banco despencaram nas últimas semanas, com uma liquidação acelerada por um frenesi online sobre sua condição. Nesta semana, em contrapartida, as ações se recuperaram após o banco anunciar uma recompra surpresa de US$ 3 bilhões de seus títulos seniores. A medida foi vista pelos investidores como uma demonstração de força financeira e uma maneira de o banco lucrar com seus problemas. “Eles estão dando um sinal de que não estão em dificuldades financeiras”, disse o gerente de portfólio com foco em dívida bancária da Meeschaert Amilton Asset Management, Artaud Caloni.
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A venda do grupo de produtos securitizados, a recompra de títulos e uma lista de outras medidas estão na esteira de uma atualização de estratégia prevista para ser divulgada em 27 de outubro, quando executivos do Credit Suisse prometeram apresentar um novo plano sobre como colocar o banco em um caminho sustentável após anos de percalços. No ano passado, o banco sofreu um golpe de mais de US$ 5 bilhões devido à implosão do cliente Archegos Capital Management.
O Credit Suisse disse que precisa ficar mais seguro e mais enxuto ao abrir mão de partes de seu banco de investimento e se concentrar em seu negócio principal de gestão de patrimônio para clientes ricos.
Segundo analistas, o Credit pode precisar de cerca de US$ 5 bilhões em capital para se reestruturar e estabilizar, mas que parte disso pode ser compensado por alienações. Muitas das estratégias adotadas, incluindo a venda de ativos, enfrentam condições de mercado traiçoeiras e ainda podem desmoronar.
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