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Rafael Fonteles, do PT, surpreendeu com vitória no primeiro turno na disputa pelo governo do Piauí. Com 91,24% das urnas apuradas no Estado, matematicamente não há mais chance de segundo turno.
Às 21h01, Fonteles registrava 56,63% dos votos. Para vencer a disputa em primeiro turno, um candidato a governador deve ter 50% dos votos válidos no estado mais um — brancos e nulos não contam.
Até o momento, Silvio Mendes (União Brasil) aparece em segundo lugar, com 42,09% dos votos. Os números estão sendo divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nas pesquisas mais recentes, Mendes aparecia com grande vantagem sobre Fonteles.
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Esta foi a primeira vez que Fonteles concorreu a um cargo eletivo. O futuro governador do Piauí é formado em matemática e professor universitário. Foi secretário estadual da Fazenda e presidente do Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal), posição a qual renunciou para concorrer ao governo do estado. Ele foi apoiado pelo ex-governador e candidato ao Senado Wellington Dias, do PT.
O que faz um governador?
A governadora ou o governador exerce o Poder Executivo no Estado e no Distrito Federal. Cabe a quem ocupa o cargo representar, dentro do país, a respectiva Unidade da Federação nas relações jurídicas, políticas e administrativas. Na chefia da administração estadual, é auxiliado pelas secretárias e secretários de Estado.
Governadores podem propor leis e vetar ou sancionar leis aprovadas pelos deputados estaduais. Também respondem pela Segurança Pública dos Estados, da qual fazem parte as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros. Como no Brasil os Estados (e o DF) têm autonomia, as competências e responsabilidades do cargo são estipuladas pelas respectivas Constituições estaduais (e, no caso do DF, por sua Lei Orgânica).
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O mandato de um governador é de quatro anos, com possibilidade de reeleição para mais um mandato de quatro anos. Caso reeleito, o governador tem como limite o período de oito anos no poder, ou seja, ele não terá o direito de se reeleger novamente de forma consecutiva para o mesmo cargo.
Votação para o Senado no Piauí
Wellington Dias (PT) confirmou o favoritismo nas pesquisas e foi eleito ao Senado pelo estado do Piauí. O mandato começa em 2023 e termina em 2030.
Dias foi governador do estado por quatro mandatos, tendo sido eleito nos anos de 2022, 2006, 2014 e 2018. Em 2010, foi eleito senador e deixou o cargo dois anos depois para concorrer à prefeitura de Teresina: mais uma vez se elegeu. Dias também já foi deputado estadual, federal e vereador da capital piauiense.
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Neste ano, Dias conciliou a candidatura ao senado com a coordenação da campanha presidencial de Lula.
A legislação brasileira permite que senadores possam se candidatar a novos cargos sem ter que abrir mão do mandato e muitos dos atuais parlamentares disputam outras vagas. Se eleitos, deixam de ser senadores. Por isso, a depender do resultado das urnas, até metade do Senado pode vir a ser ocupado por novos rostos.
O que faz um senador?
Senadoras e senadores são os representantes dos Estados e do Distrito Federal no Congresso Nacional. Assim como os integrantes da Câmara dos Deputados, têm a prerrogativa constitucional de fazer leis e de fiscalizar os atos do Poder Executivo.
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Além disso, a Constituição Federal prevê como competência privativa do Senado: processar e julgar, nos crimes de responsabilidade, os que ocupam os cargos de presidente e vice-presidente, os ministros de Estado e os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o advogado-geral da União.
O mandato de senador ou senadora tem duração de oito anos — e não quatro, como outros cargos eletivos, como de presidente da República ou governador. Por isso, é comum que ocupantes do cargo participem de outras disputas em anos em que não necessitem renovar o mandato.
A garantia do cargo funciona como um incentivo no meio político para que esses parlamentares busquem novas posições ou para que trabalhem na construção de suas imagens para disputas futuras, com o aproveitamento de recursos como do fundo eleitoral e sem riscos de perda de posição.
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