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Respondendo a rumores de que encerraria suas operações no Brasil, o Nubank informou aos clientes que “segue forte” no país. “Não acredite em fake news“, diz o texto publicado no site do banco. O boato começou a ganhar força na rede social após a Nu Holding, dona do Nubank, avisar ao mercado que está migrando seus BDRs (recibos de ações negociadas no exterior) do nível 3 para o nível 1 da Bolsa brasileira. Com a mudança, a empresa vai cancelar seu registro de companhia aberta no Brasil.
“O Nubank não vai fechar no Brasil. Nós apenas anunciamos, em setembro de 2022, uma mudança no nosso programa de BDRs, que diz respeito a quem é investidor do Nubank ou NuSócio, mas não afeta os clientes que usam os produtos e serviços do Nubank”, diz o texto no site da empresa.
Pouco mais de nove meses da bastante celebrada e divulgada abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) com dupla listagem na Bolsa de Nova York, o Nubank anunciou que deixará de listar diretamente os seus ativos no Brasil.
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A justificativa para tanto é “maximizar a eficiência e minimizar redundâncias” de ser uma companhia aberta em mais de uma jurisdição. A fintech informou que, com essa medida, vai reduzir cargas de trabalho duplicadas desnecessárias em requisitos regulatórios.
Uma empresa que tenha BDR Nível 3 tem de apresentar a demonstração financeira de acordo com a norma brasileira, por exemplo, o que não é necessário no caso das que têm BDR Nível 1. Nesse caso, as informações que precisam ser divulgadas devem seguir o padrão da jurisdição em que a ação original é listada.
Apesar da migração do Nível 3 para o Nível 1, o Nubank se comprometeu a continuar com a tradução de todos os documentos exigidos pela SEC (Securities and Exchange Comission, equivalente à CVM americana) para português, de modo a “apoiar a simetria entre as informações publicamente disponíveis para ambos os mercados”. Os arquivos estarão disponíveis no site de relações com investidores do banco.
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Os detentores de BDRs do Nubank terão três opções: trocar os recibos por ações negociadas nos EUA; trocar o BDR de nível 3 por um novo, de nível 1; ou fazer a venda dos BDRs em Bolsa brasileira ou americana, em “processo de venda facilitado” a ser instituído pela companhia.
Além das dúvidas dos investidores desses ativos sobre as próximas etapas, houve muitos questionamentos sobre qual será o impacto deste movimento para a companhia e também para aqueles que seguirem com os papéis dela.
Analistas consultados pelo InfoMoney na ocasião avaliaram que o movimento anunciado de fazer a deslistagem dos ativos é ruim no âmbito reputacional, além de ser potencialmente negativa para os acionistas minoritários.
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