Resgates em multimercados diminuem para R$ 1,8 bi, menor patamar no ano; fundos de renda fixa têm depósitos de R$ 18,5 bilhões

Embora agosto tenha sido melhor, multimercados ainda acumulam mais saídas do que depósitos em 2022, com retiradas de R$ 73,8 bilhões

Bruna Furlani

Notas de reais (Sidney de Almeida/Getty Images)
Notas de reais (Sidney de Almeida/Getty Images)

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Após meses bastante negativos, com retiradas líquidas acima de R$ 10 bilhões em alguns momentos, os resgates líquidos em fundos multimercados bateram R$ 1,8 bilhão em agosto, valor mais baixo desde o início do ano.

Na prática, os resgates líquidos são calculados a partir da subtração das captações pelas saídas em um determinado mês. Os dados fazem parte de levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Embora agosto tenha sido melhor em relação aos demais meses do ano, multimercados ainda acumulam mais saídas do que depósitos em 2022, com retiradas de R$ 73,8 bilhões.

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Fundos de ações também seguem em situação delicada, com resgates líquidos de R$ 5,5 bilhões em agosto e de R$ 54,7 bilhões no acumulado deste ano.

Fundos cambiais e de direito creditório (FIDCs) completam a lista de fundos que apresentaram mais saídas do que depósitos em agosto, de R$ 7,7 milhões e de R$ 12,9 bilhões, respectivamente.

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Ao longo de 2022, no entanto, as captações de fundos cambiais seguem no positivo em R$ 949,0 milhões. Por outro lado, FIDCs se mantêm no negativo, com saídas líquidas de R$ 868,5 milhões.

Captação positiva

Na contramão, fundos de previdência apresentaram captação positiva pelo quarto mês consecutivo, com depósitos líquidos em R$ 2,9 bilhões. No ano, as entradas líquidas somam os R$ 7,4 bilhões.

Fundos de renda fixa, por sua vez, terminaram o mês no azul, com depósitos de R$ 18,5 bilhões, após registrar saídas líquidas de R$ 17,4 bilhões em julho referentes ao resgate em um único fundo. As captações no ano também são destaque ao chegar aos R$ 103,7 bilhões.

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Após registrar mais saídas do que entradas em julho, fundos de índice (ETFs) também tiveram um mês mais positivo em agosto, com depósitos líquidos de R$ 1,3 bilhão. Apesar disso, no ano, essa classe segue em uma situação mais delicada, com resgates líquidos alcançando os R$ 1,9 bilhão.

Fundos de Participações (FIPs) também apresentaram resultado positivo em agosto, com entradas líquidas de R$ 1,2 bilhão e de R$ 12,8 bilhões em 2022.

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Fundos de small caps são destaque de retorno

A Anbima também informou os fundos que apresentaram melhor retorno neste mês, com destaque para os de ações do tipo small caps (empresas de menor valor de mercado), que tiveram ganhos de 9,34%. No acumulado deste ano e dos últimos 12 meses, porém, o desempenho é negativo em 2,57% e 17,19%.

Já entre os produtos com pior performance estão os fundos renda fixa dívida externa, com recuo de 0,82% no mês e de 12,43% no acumulado do ano. Nos últimos 12 meses, as perdas chegam a 6,58%.

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