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SÃO PAULO – Investir nas ações que pagam os maiores dividendos tem se provado uma estratégia vencedora nos últimos anos. Imagine então comprar uma carteira de dividendos com 20% de desconto? Essa possibilidade existe por meio do investimento no primeiro fundo de dividendos do Brasil negociado em Bolsa, o XP Top Dividendos (XPTD11), lançado em julho do ano passado.
A cota do fundo chegou a ser negociada nesta semana por R$ 76. Cada cota é composta por frações das ações presentes na carteira do fundo. Atualmente, as principais posições dele são: Ambev (ABEV3), BB Seguridade (BBSE3), BM&FBovespa (BVMF3), Cetip (CTIP3), e Direcional (DIRR3). Como o fundo ainda é pouco conhecido no mercado, mesmo com a cota sendo negociada com um deságio de 20% sobre o valor patriominal dessa carteira de ações, não há compradores suficientes para corrigir essa distorção.
A equipe da XP Gestão explica que é comum o fundo negociar em um valor diferente do seu preço justo, porém, um desconto de 20% é bastante incomum. Tanto que o regulamento do XP Top Dividendos prevê que, se o fundo permanecer com um deságio de 20% em relação ao valor patrimonial dos papéis por mais de 20 dias, os cotistas podem convocar uma assembleia para pedir a liquidação do fundo, a venda de seus ativos a valor de mercado e a devolução proporcional aos clientes.
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Devido ao desconto de 20%, o retorno em dividendos do fundo também fica mais interessante. O cotista recebe hoje um “dividend yield” próximo a 8,1% ao ano. Já se comprasse os mesmos papéis no mercado teria um retorno em dividendos de 6,5%.
Apesar do desconto, o fundo só pode ser considerado atraente para investidores com perfil mais arrojado que não se importam de correr o risco inerente ao mercado acionário. O fundo conta com uma gestão ativa que tem superado a média do mercado. A rentabilidade histórica está 24,55 pontos percentuais acima do índice de dividendos da bolsa, o IDIV.
O fundo inovador tem algumas semelhanças de um ETF (Exchange Traded Fund), mas, ao invés de simplesmente replicar um índice, conta com uma gestão ativa da XP Gestão de Recursos. “É como comprar uma ação diversificada”, explicou Patrick O’Grady, CEO da XP Gestão.
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Um dos atrativos do fundo é que os dividendos são pagos diretamente aos acionistas mensalmente (até o 10º dia útil do mês subsequente ao efetivo recebimento do mesmo pelo fundo), isentos de Imposto de Renda. Normalmente, os fundos de ações não distribuem dividendos para os cotistas, mas usam os proventos para comprar ações de outras empresas. Isso faz com que, lá na frente, quando o cliente for fazer o resgate, ele tenha que pagar a alíquota de IR vigente sobre ganhos com renda variável, que hoje é de 15% em cima de todo o ganho que ele teve no fundo, sendo que, neste ganho, estão inclusos os dividendos. Já no XP Top Dividendos, em que o valor do provento vai diretamente para a conta dos cotistas, o IR não é cobrado.
Esse procedimento normalmente só é feito para investidores qualificados ou sofisticados (que têm um fundo exclusivo), pois isso exige da asset um custo operacional elevado, para processar pagamento para um volume muito grande de cotistas, e também por questões de comparabilidade de performance de fundos. “Ou seja, um benefício que só existe normalmente para investidores qualificados ou sofisticados, no Top Dividendos, todos têm acesso”, explicou O’Grady.
Além disso, do ponto de vista de qualidade, o produto também é muito interessante, ainda segundo o especialista, porque tem uma equipe de gestão especializada por trás dele. “Inclusive, nos últimos 24 meses, a equipe de gestão do XP Dividendos FIA foi destaque no segmento de dividendos”, disse. O XP Dividendos rendeu 10,86% no período mencionado, contra 3,58% do segundo lugar, Geração Futuro Dividendos FIA.
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Uma outra vantagem ainda é que esse é um produto barato em comparação às outras opções do mesmo segmento. A taxa de administração é de 1,75% ao ano e não cobra nada de prêmio de performance. Em geral, os fundos cobram 3% de taxa de administração ou 2% e mais algum prêmio de performance. “Na comparação, o consumidor final tem cerca de 40% de desconto nesse produto em relação aos tradicionais do segmento. O fundo hoje ganha de todos na categoria dividendos”, complementou o CEO.
Por que dividendos?
O investidor individual pessoa física no Brasil costuma dar preferência para papéis que pagam bons dividendos, que são de empresas mais defensivas, pois elas representam um risco menor.
Risco pequeno normalmente representa uma rentabilidade menor, visto que, quanto maior o risco, maior a possibilidade de ganhos. No entanto, em janelas mais longas, pode-se observar uma vantagem das empresas boas pagadoras de dividendos em termos de rentabilidade também.
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Segundo um estudo da XP Gestão, as 22 empresas que pagaram maior parcela do lucro em dividendos (payout) foram as que produziram o maior retorno anualizado com menos risco. Ao mesmo tempo, as 22 empresas que menos distribuíram dividendos produziram o menor retorno anualizado com mais risco. O estudo considera todas as empresas do IBrX-100 que tenham mais de cinco anos de histórico, totalizando 87 empresas.
Além disso, o mesmo estudo ainda mostra que as 22 empresas que mais pagaram dividendos foram as que apresentaram menor volatilidade histórica, bem como as 22 empresas que menos pagaram dividendos foram as que apresentaram maior volatilidade histórica.