Especialista lista 3 principais pontos para quem quer investir no exterior

Daniel Arruda acredita que é chegada a hora do investidor brasileiro diversificar seus ativos e olhar para o exterior

Lys Silva

Publicidade

SÃO PAULO – Por muito tempo restritos aos ativos nacionais, os investidores brasileiros estão cada vez mais abertos a aplicar no mercado internacional. No entanto, como começar a investir no exterior? Daniel Arruda, que é administrador e especialista em investimentos, expõe os três pontos que ele acredita serem essenciais para aqueles que pretendem iniciar ou diversificar seus ativos no exterior.

1 – Tempo
Segundo Daniel, “quem se dispõe a investir com retorno a longo prazo, num processo de investimento calcado em diligencia que contemple um horizonte maior do que 2 anos, possui uma grande vantagem competitiva ao aplicar no exterior”.

Com isso, muda-se a visão da maioria dos investidores que baseiam seus investimentos nas perspectivas de resultado das companhias em curto prazo e no mercado onde a companhia está sendo negociada, como o valor da empresa sobre o lucro líquido, por exemplo.

Newsletter

Liga de FIIs

Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“A questão é analisar o mercado como um todo e não pensar em ganhos de curto prazo. Adotar uma postura mais fundamentalista, com foco nos fundamentos econômicos e financeiros da empresa, é o primeiro passo no caminho para achar boas oportunidades de investimento”, completa o especialista

2 – Poucos ativos
Portfólios com uma concentração menor de ativos dão a chance do investidor olhar para aquelas ações e possuir um maior controle e conhecimento sobre elas.

“O diferencial competitivo do investidor e do alocador que opta por ter um portfólio menor é que ele passa a entender como funciona cada uma de suas ações. Ter tempo para se aprofundar em cada uma delas e conhecer as especificidades de cada empresa é crucial para quem pensa em investir no exterior”, afirma Arruda.

Continua depois da publicidade

3 – Oportunidades especificas
Uma estratégia que deve ser evitada na hora de aplicar em ativos internacionais é escolher ações que são “grandes tendências” ou ter em mente que se deve aplicar em grandes nichos de mercado, aconselha o especialista.

“O bom é procurar por oportunidades especificas, empresas, por exemplo, que acabaram de passar por processo de fusão, integração ou mudanças em seu quadro diretor. Empresas assim se apresentam como uma dúvida, o retorno gerado por conta destes processos (fusão, integração e mudanças) é algo que não está claro para o mercado e para os outros investidores e podem se mostrar como bons investimentos, sempre tendo o retorno a longo prazo em mente”, indica Daniel.

A vantagem deste tipo de aplicação é que as teses de investimento para se concretizarem dependam mais de fatores internos de cada empresa e menos de fatores externos, como índices S&P, por exemplo, e seu investimento então se vê blindado de oscilações nos cenários econômicos. No entanto, é importante conhecer bem a empresa na hora de investir, para assim evitar riscos desnecessários.