Xi Jinping vai a Hong Kong e enaltece ‘verdadeira democracia’ da cidade

Presidente foi ao território para a posse do novo governador e as celebrações dos 25 anos de retorno da cidade para o controle chinês

ANSA Brasil

(Crédito: Shutterstock)
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O presidente da China, Xi Jinping, participou nesta sexta-feira (1º) da cerimônia de posse do novo governo de Hong Kong e das celebrações dos 25 anos do retorno do território ao país (até 1997 a cidade esteve sob controle britânico).

Durante seu discurso, Xi enalteceu a “verdadeira democracia” do local. “A verdadeira democracia iniciou há 25 anos com o retorno dos territórios à pátria-mãe. Isso abriu uma nova época na história”.

O presidente chinês disse que Hong Kong “superou muitos desafios” ao longo dos últimos anos, mas que teve um “sólido crescimento econômico”.

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Assim como havia feito na chegada ao território, na quinta-feira (30), ele voltou a elogiar o lema “um país, dois sistemas” e disse que “não há necessidade de mudar”a fórmula como o território é gerido, porque “é um sistema muito bom e que deve ser mantido no longo prazo”.

Xi, no entanto, deu um recado claro à população sobre a postura de repressão da China contra as manifestações que pedem por mais democracia, eleições diretas ou a independência da cidade. “O sistema socialista é o sistema fundamental da República Popular da China e a liderança do Partido Comunista é a característica distintiva do socialismo com características chinesas”.

“Todos os moradores devem respeitar conscientemente e apoiar o sistema fundamental do nosso país e a plena e fiel atuação da política de ‘um país, dois sistemas’, que criam imensas oportunidades de desenvolvimento para Hong Kong e Macau”, afirmou.

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Para o presidente chinês, é preciso manter o poder no território “solidamente nas mãos dos patriotas” e que isso é “essencial para proteger a estabilidade e a segurança no longo prazo”.

Protestos de 2019

Além de celebrar os 25 anos do retorno dos territórios do Reino Unido para a China, a cerimônia marcou a posse do novo governador, John Lee, que substitui Carrie Lam, responsável pelo governo nos últimos cinco anos.

Esta é a segunda visita de Xi a Hong Kong desde que chegou ao poder, e ela marca o aumento ostensivo da presença de Pequim no território.

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Depois dos grandes protestos de 2019 por mais democracia, a China apertou o cerco contra os políticos locais — que agora devem jurar fidelidade a Pequim — e instalou agências de segurança e Inteligência no local. Além disso, pessoas que participem de protestos contra Xi podem ser consideradas terroristas.

As medidas foram alvos de duras críticas ocidentais, que reimpuseram sanções contra a área por conta da violação da política “um país, dois sistemas” (que deve perdurar até 2047 e estava entre as condições da devolução do território pelos britânicos. (ANSA)

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