Petróleo não sente dia negativo do mercado e tem leve alta com pressão de oferta intensificada por Líbia

Os preços das commodities continuam sendo apoiados pelos problemas de oferta, o que também reforça as preocupações com a inflação

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)
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Ao contrário dos outros mercados de commodities, o petróleo não sentiu tanto o impacto negativo do mercado na sessão desta segunda-feira (13), com as preocupações sobre a oferta preponderando. Após um dia de forte volatilidade, a cotação do brent para agosto fechou em alta de 0,21%, a US$ 122,27 o barril, enquanto o WTI para julho subiu 0,22%, a US$ 120,93 o barril.

A alta acontece apesar dos novos surtos de Covid-19 na China reviverem os temores de que os lockdowns reduzam a demanda no maior produtor de aço do mundo. Pequim correu para conter um surto “feroz” de Covid-19, com milhões enfrentando testes obrigatórios e milhares sob lockdowns direcionados, depois que a capital relaxou recentemente as restrições.

Um teste em massa também foi anunciado no centro comercial de Xangai, após um recente lockdown de dois meses, enquanto um surto foi detectado na Mongólia Interior, importante região produtora de carvão metalúrgico, que é um insumo da produção de aço.

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Contudo, os preços continuam sendo apoiados pelos problemas de oferta. A oferta continua apertada, com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados incapazes de cumprir integralmente os aumentos de produção prometidos devido à falta de capacidade em muitos produtores, sanções à Rússia e produção na Líbia reduzida pela metade por causa dos distúrbios no país.

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“A dinâmica de oferta/demanda continua dando suporte aos preços”, disse Jeffery Halley, da corretora OANDA, que vê uma queda prolongada de petróleo como improvável”, a menos que os mercados dos EUA mudem para precificar uma “recessão total” e haja novos bloqueios na China.

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Na Líbia, no final da semana passada, forças alinhadas ao general renegado Khalifa Haftar, que detêm controle sobre o leste do país, expandiram o embargo militar à produção de petróleo, ao suspender o trabalho de dois novos terminais de exportação e ameaçar fechar um terceiro, reportaram engenheiros locais à agência de notícias Reuters. Os portos de Ras Lanuf e Es Sider, no norte do país, tiveram suas operações suspensas.

A produção da Líbia já caiu pela metade, alcançando o índice de 600 mil barris por dia (bpd), após facções fecharem os campos de Sharara e El Feel no último mês. O campo de Sharara retomou brevemente suas atividades nesta semana, mas foi novamente paralisado. O país é o quarto maior produtor de petróleo da África.

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