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BRASÍLIA (Reuters) – O ministro das Comunicações, Fábio Faria, negou nesta sexta-feira que o Brasil dará acesso a informações sobre a Amazônia dentro do acordo com o empresário Elon Musk para usar seus satélites no monitoramento da região, ao mesmo tempo em que o presidente Jair Bolsonaro ofereceu a base de Alcântara, no Maranhão, para a empresa de Musk fazer seus lançamentos.
“Os satélites estão lá, o que a gente está querendo é que todas as informações que eles já têm, que eles possuem, que eles possam dividir com o governo. Eles é que estão abrindo mão da soberania deles para nós”, disse Faria ao ser indagado se a parceria com a empresa SpaceX, de Musk, não afetaria a soberania brasileira sobre a Amazônia, constantemente citada por Bolsonaro.
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Presidente-executivo da SpaceX e da fabricante de carros elétricos Tesla, Elon Musk está no Brasil para uma rápida visita, a convite do governo, e ofereceu os satélites da SpaceX para um programa de conectividade das escolas na Amazônia e para monitoramento de queimadas e desmatamento na floresta.
O governo brasileiro já tem um sistema de monitoramento da Amazônia por satélites, de responsabilidade do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), inclusive com alertas de desmatamento em tempo real. No entanto, com os números crescentes de queimadas e desmatamento em seu governo, Bolsonaro questionou no passado recente, sem apresentar evidências, a precisão do sistema do Inpe.
Na entrevista coletiva, Bolsonaro também disse que colocou á disposição de Musk a base de Alcântara –considerada um dos melhores locais do mundo para lançamento de foguetes por causa de sua posição geográfica privilegiada– para ser usada pela SpaceX.
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“A base de lançamento de Alcântara está disponível (para lançamento de foguetes de Musk), como conversado entre ele e o comandante da Força Aérea”, afirmou Bolsonaro.
Do encontro, que aconteceu durante um seminário organizado pelo Ministério das Comunicações, no interior de São Paulo, não saiu nada concreto sobre uma parceria entre o governo brasileiro e o bilionário norte-americano.
“É o primeiro contato, é o início de um namoro que tenho certeza que vai acabar em casamento brevemente. Ele é uma pessoa bastante objetiva e quer concretizar o seus sonhos da forma mais rápida possível. Por parte do governo, toda a boa vontade, inclusive com desburocratização, desregulamentações e oferecimento disso para ele. Interessa, e muito, para nós essa parceria”, disse Bolsonaro.
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Segundo o ministro das Comunicações, não se falou ainda em investimentos, tanto da parte da SpaceX quanto do governo brasileiro. Depois desse primeiro momento, diz Faria, técnicos da empresa e do governo brasileiro tocarão as negociações.
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