Lucro da Berkshire Hathaway recua 53% no 1º trimestre, para US$ 5,46 bilhões

A gestora Berkshire Hathaway, do mega investidor Warren Buffett, obteve lucro líquido de US$ 5,46 bilhões no primeiro trimestre deste ano, cifra 53% menor que a registrada um ano antes (US$ 11,71 bilhões). O resultado veio pior que o esperado pelo mercado.

Os ganhos operacionais do conglomerado ficaram estáveis no período, em US$ 7,04 bilhões. Os negócios da Berkshire incluem o controle e participações em propriedades, ferrovias e serviços públicos, que tiveram bons desempenhos. No segmento de seguros, porém, os ganhos encolheram 94% no período.

A Berkshire Hathaway também reportou uma perda de US$ 1,58 bilhões em seus investimentos e derivativos, reflexo do declínio do mercado americano nos três primeiros meses do ano.

A gestora também desacelerou as recompras de ações para US$ 3,2 bilhões, ante US$ 6,9 bilhões no primeiro trimestre de 2021.

A empresa terminou  o trimestre com um estoque de caixa de US$ 106,3 bilhões. No período, a Berkshire Hathaway desembolsou US$ 51,1 bilhões no mercado de ações americano.

Os números indicam que a gestora aumentou de forma significativa sua participação na empresa de energia Chevron, para US$ 25,9 bilhões, com a valorização de mais de 30% dos papéis da petrolífera no período. A empresa agora tem uma fatia relevante na carteira de ações da Berkshire Hathaway, avaliada em US$ 390 bilhões. Além da Chevron, a gestora investiu US$ 7 bilhões na compras de ações da Occidental Petroleum e alcançou fatia de 11% na HP.

Em 31 de março, a gestora também possúia R$ 42,6 bilhões em ações do Bank of America, US$ 28,4 bilhões em American Express e US$ 159,1 bilhões em Apple.

Apesar do cenário difícil, as ações classe A da Berkshire Hathaway subiram mais de 7% no ano – superando o S&P 500, que caiu 13,3% em 2022 até agora.

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