WhatsApp diz a Bolsonaro que adiamento de comunidades é decisão global

Representantes da empresa se reuniram com o presidente brasileiro e com Fábio Faria, ministro das Comunicações, por suspeita de interferência do TSE

Agência Brasil

Aplicativo do WhatsApp (Divulgação)
Aplicativo do WhatsApp (Divulgação)

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O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse na quarta-feira (27) que a decisão do WhatsApp de adiar para depois das eleições a criação de “comunidades” e a adoção de outras mudanças no aplicativo de mensagens não sofreu interferência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A declaração foi dada após reunião do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ministro com representantes do WhatsApp e da Meta (FBOK34), a empresa que controla o WhatsApp, o Instagram e o Facebook.

O encontro foi pedido pelo governo para esclarecer uma possível interferência das autoridades eleitorais brasileiras nas mudanças, mas Faria afirmou em entrevista à imprensa que as mudanças previstas serão globais e não restritas ao Brasil.

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No dia 14, a empresa anunciou a criação das comunidades, que terão mais pessoas do que os grupos de WhatsApp (hoje restritos a 256 usuários), mas a funcionalidade só estará disponível após as eleições.

Também foram anunciadas mudanças nos grupos já existentes. Uma ferramenta de reações, como a do Facebook, será inserida para que pessoas possam se posicionar sobre as mensagens, administradores poderão apagar mensagens e será possível compartilhar arquivos de até 2 GB e fazer salas de conversa em áudio com até 32 pessoas.

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‘Lixo eletrônico’

Segundo o ministro, os representantes do aplicativo disseram que a restrição ao número de integrantes das futuas comunidades evitam lixo eletrônico similar ao observado em e-mails. “Foi uma decisão global porque eles não querem que o WhatsApp fique como o e-mail, com muitas mensagens que vão para o lixo eletrônico”.

“Saiu na imprensa que o TSE teria pedido para o WhatsApp não iniciar algumas operações no Brasil antes da eleição. Eles deixaram claro que isso não ocorreu e que as decisões tomadas foram da empresa”, disse o ministro. “É uma decisão do mercado, então não tem por que nem como o Poder Executivo interferir. Somos um governo liberal, a favor do livre mercado”.

Ainda segundo Faria, os representantes explicaram que a decisão por diminuir o reencaminhamento de mensagens, em caráter global, tem por objetivo evitar mensagens indesejadas. “Então nada tem a ver com eleição”.

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