Movida (MOVI3): ‘Não fomos chamados para participar da compra de ativos da fusão entre Localiza e Unidas, um dos remédios do Cade’

Edmar Lopes, CFO, explicou em live do InfoMoney como a empresa pretende driblar a alta de custos; pneus, por exemplo, subiram 40%

Renan Crema

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A Movida (MOVI3) registrou um lucro líquido de R$ 819 milhões no fechamento de 2021, com um crescimento de receita 30% superior ao do ano anterior. Para 2022, a companhia deve reduzir o payout (pagamento de dividendos aos acionistas), embora em termos nominais, o valor deva ser maior em virtude do aumento nos lucros da empresa ao longo dos últimos anos.

“Até 2019, quando o lucro foi de R$ 229 milhões, pagávamos, em média, 45% como forma de remuneração ao acionista. A partir de agora, esse número deve ficar em torno 30%. Vamos diminuir o payout, ainda que o valor nominal seja maior”, explicou o CFO da empresa, Edmar Lopes, em live do InfoMoney.

A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do quarto trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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A Movida diminuiu de tamanho em aproximadamente 15% e desligou quase 1000 colaboradores no segundo trimestre de 2020. Na avaliação do diretor financeiro, essa postura permitiu que a empresa começasse 2021 com a possibilidade de aumentar sua frota antes da concorrência, o que trouxe reflexos sobre seus lucros.

“Ainda num cenário de não disponibilidade total de automóveis, conseguimos começar um movimento de repasse de preço muito relevante, o que se refletiu em resultado”, disse Lopes.

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O cenário de aumento nos custos, provocado pela alta crescente nos índices inflacionários e com a cadeia de suprimentos prejudicada, pode ser positivo para empresas de locação de automóveis. Para o CFO da Movida, o preço do aluguel aumentou, mas a alternativa [comprar um veículo] aumentou ainda mais e a empresa de aluguel de carros pode até ganhar market share, trocando a posse pelo uso de veículos.

A Movida elevou o preço médio das diárias em 23% no 4º trimestre, na comparação com o período imediatamente anterior. “O reajuste de tarifa é absolutamente necessário dada a condição economia, ou seja, o novo preço do carro e a taxa de juros, que é parte importante do nosso custo”, afirmou Lopes.

“Existe uma pressão de custo do nosso lado também, como os pneus que tiveram um aumento de cerca de 40%, por exemplo. Entendemos que o preço vai continuar subindo, num ritmo menor, mas vai ser ainda um ano de aumento de preços”, completou o CFO da Movida.

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O executivo explicou ainda os planos de expansão da empresa, que se baseará mais na vertical de Gestão e Terceirização de frota (GTF) do que em aluguel de veículos (RAC – Rent a Car), em cidades médias em que não possui grandes fatias de mercado.

Lopes também disse que a empresa “não foi chamada” a participar da compra de ativos da fusão entre a Localiza e a Unidas, um dos “remédios” apontados pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), apesar de o interesse por isso ser “baixo”. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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