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A Arezzo (ARZZ3) registrou lucro líquido de R$ 103,9 milhões no quarto trimestre de 2021, o que representa um crescimento de 32,8% em relação ao mesmo trimestre de 2020.
Os números foram bem vistos pelos analistas e, às 10h20 (horário de Brasília), os papéis subiam 3,25%, a R$ 79,80.
Segundo a varejista, o lucro foi influenciado positivamente pela forte performance operacional da Arezzo&Co no período e incorporação da AR&CO. Por outro lado, o balanço foi impactado negativamente pelo aumento das despesas financeiras, resultante da maior alavancagem e das maiores despesas com taxas de cartões de crédito, que cresceram na mesma proporção do aumento de vendas.
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O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 51,6%, totalizando R$ 175,2 milhões. Este foi o melhor Ebitda da companhia em um único trimestre – ultrapassando o recorde alcançado no trimestre anterior.
A companhia explica que o desempenho foi impulsionado pela forte performance de vendas em todas as marcas do grupo, bem como pela aceleração nas vendas dos canais físicos, que registraram crescimento, tanto em sell-out como em sell-in.
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Já a margem Ebitda ajustado atingiu 16% no período, queda de dois pontos percentuais frente a margem registrada no quarto trimestre de 2020.
As vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) sell-in (franquias) subiram 21,7% no 4T21, expansão de 25,1 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2020.
O SSS sell-out (lojas próprias + web + franquias) registrou avanço de 34,8% no 4T21, crescimento de 45,4 p.p. na comparação ano a ano.
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A receita líquida somou R$ 1,092 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 69,6% na comparação com igual etapa de 2020.
O lucro bruto totalizou R$ 590,6 milhões no 4T21, um aumento de 86,8% em relação ao mesmo trimestre de 2020.
A margem bruta foi de 54% no último trimestre de 2021, crescimento de 4,9 p.p. frente ao mesmo período de 2020.
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Segundo a companhia, a expansão se deu, principalmente, devido ao aumento da participação do canal lojas próprias na receita total, diretamente relacionado à AR&CO, melhora na margem da operação americanas e maior participação do e-commerce no mix de canais, além de melhora na margem do canal, também influenciada pela AR&CO.
Endividamento líquido dispara, mas alavancagem permanece estável
A dívida líquida da companhia ficou em R$ 272 milhões no final de dezembro de 2021, crescimento de 272,1% em relação ao mesmo período de 2020.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,5 vez em dezembro/21, aumento de 0,1 vez em relação ao mesmo período de 2020.
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Em relação aos investimentos, a companhia aportou R$ 64 milhões, que foram direcionados para abertura de novas lojas, reformas e projetos relacionados à transformação digital.
Resultado forte, apontam analistas
O Bradesco BBI comentou que este é outro excelente resultado da Arezzo, com crescimento de cerca de 50% do Ebitda em um trimestre que muitos pares provavelmente reportarão queda nos lucros.
Analistas explicam que parte disso é impulsionado por fusões e aquisições, mas grande parte do crescimento vem do negócio subjacente, que destaca sua resiliência e a força de execução da Arezzo. Apesar dos ventos contrários de um ambiente macro mais fraco, o desempenho da receita da Arezzo provavelmente será resiliente em 2022, como resultado de seu foco em consumidores de alta renda.
O banco mantém classificação outperform (desempenho acima da média do mercado) para a ação, e preço-alvo de R$ 96.
O Itaú BBA destaca que os resultados da Arezzo no 4T21 ficaram em linha com as expectativas para a receita líquida, com margem Ebitda um pouco abaixo do esperado e lucro líquido ligeiramente melhor.
“Apesar dos excelentes números financeiros (os mais fortes em nossa cobertura de moda, sem dúvida), esperamos que os investidores se concentrem nos próximos resultados. A administração divulgou que o 1T22 começou com um desempenho impressionante na receita, o que é uma notícia relevante para sustentar a avaliação atual da empresa”, avaliam os analsitas.
O banco mantém classificação outperform para varejista de moda, com preço-alvo de R$ 100,00.
Já o Credit Suisse destacou que o mercado já estava ciente dos desempenhos de outubro e novembro (+20% e +37% sell-out versus 2019, respectivamente), mas dezembro superou em muito o trimestre (+40%). É importante ressaltar que a empresa indicou que janeiro e fevereiro continuam promissores, por isso esperava uma reação neutra a ligeiramente positiva no pregão de hoje aos resultados.
Neste trimestre, os resultados foram, mais uma vez, sólidos em toda a linha – as marcas adquiridas continuam apresentando números fortes (AR&Co +109% vs 4T19; agora 28,3% das vendas domésticas), enquanto o desempenho relativamente “mais fraco” do sell-in no canal de franquia e marcas orgânicas parece ter revertido completamente, tendo tido o terceiro trimestre consecutivo de clara tendência de alta.
O banco mantém classificação outperform para Arezzo, e preço-alvo de R$ 110,00 frente a cotação de quinta-feira (10) de R$ 77,71.
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