Copel/Sercomtel: Respeitamos decisão do Cade; não tomaremos nenhuma medida judicial

"Respeitamos a decisão do Cade. Não iremos tomar nenhuma medida judicial", afirma a nota

Estadão Conteúdo

Loja da Oi Móvel/Oi telecomunicações em São Paulo (Foto: Paulo Fridman/Corbis via Getty Images)
Loja da Oi Móvel/Oi telecomunicações em São Paulo (Foto: Paulo Fridman/Corbis via Getty Images)

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As operadoras de telecomunicações Copel (CPLE6) e Sercomtel publicaram uma nota à imprensa informando que não vão mais exercer pressão contra a venda da Oi Móvel (OIBR3;OIBR4) para TIM (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro após a aprovação do negócio nesta quarta-feira, 9, no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

“Respeitamos a decisão do Cade. Não iremos tomar nenhuma medida judicial”, afirma a nota. “Este é um momento de respeito e aceitação”, complementa a nota do grupo, que pertence ao fundo Bordeaux, controlado pelo empresário Nelson Tanure.

As empresas apontam que as medidas estabelecidas pelo órgão antitruste para amenizar a concentração de mercado são mais fortes do que as que vinham sendo discutidas até então. “Esperamos que as medidas restritivas sejam cumpridas”, ponderam.

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O grupo defendia, junto ao Cade, que a aprovação do fatiamento do Oi Móvel só ocorresse mediante a obrigação de as compradores se desfazerem de parte de ativos, como espectros de radiofrequências – os quais eram de interesse das próprias Copel e Sercomtel.

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A venda das radiofrequências ficou de fora dos remédios estabelecidos pelo Cade, mas ficou garantido que as teles deverão reservar uma parte maior das redes para acesso das operadoras regionais.

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“Estamos cientes de que a Copel Telecom e a Sercomtel tiveram papel importante neste processo para que as medidas do Cade tenham sido mais eficazes do que a decisão da Anatel, principalmente pelo fato de que muitas dessas medidas vão ter que ser tomadas antes da operação e não depois, como estava previsto”, descrevem. Segundo o grupo, o sentimento é de “dever cumprindo”.

Não é a primeira vez que Nelson Tanure perde uma queda de braço envolvendo a Oi. O empresário já foi acionista da Oi por meio do veículo de investimento Société Mondiale. Ele se opôs ferozmente à aprovação do plano de recuperação judicial da tele, mas sua articulação não prevaleceu. O plano acabou aprovado em 2017, e Tanure se desfez das ações mais tarde.

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