Subvariante da ômicron é descoberta com elevada capacidade de infecção, dizem cientistas

A BA.2 foi encontrada na Dinamarca; pesquisa busca saber se ela pode reinfectar pessoas que já contraíram a versão original da cepa, a BA.1

Equipe InfoMoney

Ômicron (Getty Images)
Ômicron (Getty Images)

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Uma subvariante da ômicron pode ser a nova pedra no sapato contra os esforços de contenção da pandemia de Covid-19.

Pesquisadores da Dinamarca, que descobriram a subvariante pela primeira vez, afirmaram à imprensa que ela parece ser mais contagiosa do que a versão original da cepa.

A BA.2 foi descoberta no começo de dezembro do ano passado e, segundo os cientistas, vem sendo apontada como a responsável pelo crescimento de infecções na Dinamarca.

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Exames de sequenciamento genético também a localizaram por África do Sul, onde a ômicron surgiu, além de Alemanha e Reino Unido, até o momento.

Estudos em conjunto realizados pela Universidade de Copenhage e pelo Statens Serum Institute, um centro de saúde pública da Dinamarca, mostraram que a subvariante é 34% mais transmissível.

Frederik Plesner Lyngse, principal autor do estudo da Universidade de Copenhague, disse ter monitorado 8.500 casos de Covid-19 na Dinamarca entre dezembro e janeiro — 25% das infecções foram causadas pela BA.2.

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A principal dúvida, segundo Lyngse, é se a subvariante poderá reinfectar pessoas que foram contaminadas pela versão original da ômicron, a BA.1.

Se esta possibilidade se confirmar, o pesquisador adiantou que os surtos causados pela ômicron, os responsáveis por elevar as infecções, as hospitalizações e os óbitos no atual estágio da pandemia, poderão afetar a população global por mais tempo.