Para Goldman e Citi, tombo nas bolsas dos EUA é oportunidade de compra

Economistas afirmam que o mais importante para as ações daqui para frente é o quanto as expectativas sobre alta dos juros atingirão o crescimento

Bloomberg

(Getty Images)
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(Bloomberg) – O mercado acionário global caminha para encerrar o pior mês desde o início da pandemia. Para estrategistas de gigantes como Goldman Sachs Group e Citigroup, agora é hora de comprar.

“Qualquer fraqueza adicional e significativa no nível do índice deve ser vista como oportunidade de compra”, recomendaram estrategistas do Goldman, incluindo Peter Oppenheimer, em nota divulgada nesta quarta-feira.

No entanto, estrategistas do Citi, incluindo Robert Buckland, entendem que “a rápida mudança no sentimento em relação a ações com perfil de crescimento pode ficar mais lenta à medida que os rendimentos reais se estabilizam”.

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As bolsas tiveram um início de ano difícil, diante do aumento nos rendimentos dos títulos de renda fixa, das expectativas de aperto monetário nos EUA e da ameaça de guerra na Ucrânia. O índice global MSCI ACWI acumula queda de 7% em janeiro e caminha para fechar seu pior mês desde março de 2020.

O índice S&P 500 escapou por pouco do território de correção na terça-feira, terminando em baixa de mais de 9% em relação ao recorde atingido em 3 de janeiro.

“O mais importante para as ações daqui para frente é o quanto as expectativas sobre elevação dos juros e sobre as condições financeiras atingirão o crescimento”, afirmou Oppenheimer, do Goldman, em entrevista à Bloomberg Television. “Isso será fundamental para determinar onde os mercados de ações se estabilizam.”

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Os estrategistas do Citi transmitiram visão semelhante no relatório divulgado hoje, afirmando que a lista de fundamentos e fatores que determinam se o mercado se tornou pessimista sugere que é hora de comprar na baixa. Os profissionais do Citi são particularmente otimistas com mercados fora dos EUA e preferem setores defensivos, como os de bens de consumo e saúde, no Reino Unido e no Japão.

Essa visão positiva não é consenso. Estrategistas do Barclays liderados por Emmanuel Cau escreveram em nota hoje que fundos mútuos e investidores de varejo continuam com alocação “muito acima do peso” em ações e, portanto, é possível haver um movimento adicional de redução de riscos se os fundamentos piorarem.

Mas as análises otimistas estão mais frequentes. Estrategistas do Bank of America escreveram na terça-feira que os investidores devem “comprar na baixa” em determinadas situações nas bolsas dos EUA, recomendando ações de empresas com fundamentos robustos e menor vulnerabilidade a questões macroeconômicas, incluindo as fabricantes de semicondutores Applied Materials e Broadcom.

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Os estrategistas do Wells Fargo estiveram entre os primeiros a recomendar a compra de papéis. Na terça-feira, eles divulgaram um relatório afirmando que é “hora de colocar dinheiro novo para trabalhar”.

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