Depois de superar os 130 mil pontos em junho de 2021 e alcançar o maior patamar da sua história, o Ibovespa teve um segundo semestre difícil por motivos que pouco têm a ver com a qualidade e a performance das empresas listadas no índice, as maiores e mais consolidadas do país.
Fatores como o avanço da inflação e dos juros, a queda da atividade econômica, a crise hídrica provocada pela falta de chuvas, o imbróglio fiscal que resultou no rompimento do teto de gastos e a antecipação dos temores em relação ao pleito presidencial de 2022 impediram que o IBOV acompanhasse o avanço dos mercados globais.
Mesmo assim, a bolsa brasileira fechou o ano atingindo a marca de 4,209 milhões investidores ativos, um aumento de 55% em relação ao mesmo período de 2020, quando havia 2,715 milhões de CPFs. Se compararmos com 2015, quando havia 500 mil investidores ativos, o salto é de 741,8%.
Ou seja, está se desenhando na B3 um ambiente com participação robusta de pessoas físicas e ativos com preços descontados devido às fortes quedas recentes, o que pode rapidamente voltar a impulsionar os papéis das empresas e o mercado como um todo, caso investidores tomem decisões corretas.
Mas, para que esse processo se concretize, há uma figura essencial: o profissional do mercado financeiro. Com experiência e expertise no segmento, ele é responsável por cercar o investidor de boas informações e opções de ativos, culminando em teses rentáveis de alocação de recursos.
O problema, ou grande oportunidade, neste caso, é que a formação desses profissionais não conseguiu acompanhar o crescimento do mercado nacional. Segundo dados de janeiro de 2022 da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), por exemplo, o Brasil tem apenas 1.161 analistas de ações credenciados para exercer a atividade de analista de valores mobiliários. Enquanto isso, os EUA têm mais de 200 mil.
Nessa linha, se você gosta do mercado financeiro e acredita que essa é sua chance de fazer um reposicionamento profissional, clique aqui e inscreva-se para ter acesso à série gratuita Carreira no Mercado Financeiro. Entre os dias 31 de janeiro e 8 de fevereiro, a sócia da XP Bianca Juliano vai te mostrar os caminhos para chegar até lá.
Transição de carreira
Foi justamente este caminho que levou Marcelo Leite ao posto de assessor de investimentos que exerce hoje na Messem Investimentos, um dos maiores escritórios de agentes autônomos parceiros da XP, em menos de um ano e sem experiência formal prévia no mercado.
Ele trabalhava no ramo de construção civil desde os 15 anos ajudando a família, e sempre gostou de estudar. Se formou engenheiro civil e de produção, além de cientista da computação, e nos últimos havia começado a estudar por conta própria para investir suas economias e dos parentes mais próximos.
Com o crescimento do capital que tinha em mãos, sentiu que precisava investir em educação para entender, de fato, o mercado. Foi assim que conheceu Bianca Juliano, a série Carreira no Mercado Financeiro e se inspirou para continuar se capacitando no segmento.
Em menos de um ano, conseguiu ser aprovado pela Associação Nacional das Corretoras de Valores (ANCORD) e se tornou um agente autônomo de investimento (AAI), sendo então contratado pela Messem, escritório parceiro da XP que possui mais de uma dezena de bilhões de reais sob custódia.
“Gostaram do meu perfil e eu já tinha acumulado muito conhecimento na área, então decidi largar meu emprego e aceitar o convite. Hoje meu trabalho é estar conectado com os clientes, entender suas características como investidores e buscar os melhores ativos para eles”, diz.
“E, como eu passo uma visão de longo prazo para eles, também preciso ter isso internalizado. Quero continuar crescendo dentro da Messem e, sabendo que a empresa deve se tornar uma corretora de valores, pretendo tirar o certificado CNPI para me tornar um analista e ampliar meu leque de possibilidades.”
Certificados
Apesar da porta de entrada estar escancarada, entrar na bolsa não garante, a priori, nenhum retorno ao investidor. Pelo contrário, é preciso conhecer os mecanismos e comportamentos do mercado para identificar bons ativos e, a partir daí, almejar retornos constantes.
Ou seja, é natural que o ambiente sofra com as dores de crescimento e parte dos investidores até desistam no caminho. Então, para aqueles que pretendem ter o mercado financeiro como fonte principal de renda e, quem sabe, até ajudar outras pessoas a alocar seu capital, o momento é de focar na sua capacitação.
A Instrução CVM 483/2010 dispõe sobre o tema e diz que o credenciamento de analistas de valores mobiliários é obrigatório e feito por entidades autorizadas pela Comissão para pessoas com curso superior completo em qualquer área de conhecimento.
Além do CPNI e do certificado de AAI oferecido pela ANCORD, há outros como CFA (Chartered Financial Analyst), CFP (Certified Financial Planner) e CGA (Certificação de Gestores ANBIMA), que, apesar de não serem obrigatórios, podem ajudar a mudar o currículo de um investidor experiente de patamar.
Remuneração
Essa escassez de mão de obra poderia indicar, à primeira vista, que a remuneração da profissão não é atraente, certo? Errado. Segundo o guia salarial de 2021 da consultoria de recursos humanos Robert Half, o salário inicial para analistas de ações gira em torno de R$ 11 mil. Para profissionais mais experientes, esse valor pode chegar a R$ 27,7 mil.
E, como muitas das coisas que ocorrem no mercado são fenômenos novos, que ainda nem estão documentados em livros, há sempre espaço para crescer e transformar informação em dinheiro, desde que você tenha apetite para isso. Aquele profissional que gosta de estar num ambiente de constante aprendizado tem tudo para se destacar na área e se manter relevante durante muito tempo.
Se você acha que se encaixa neste perfil, clique aqui e inscreva-se na série gratuita Carreira no Mercado Financeiro. No conteúdo, que será divulgado entre os dias 31 de janeiro e 8 de fevereiro, a sócia da XP Bianca Juliano vai te explicar em detalhes os caminhos para conseguir alcançar a profissionalização na área.
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