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O conteúdo a seguir foi enviado na última sexta-feira (5) aos assinantes da newsletter do InfoMoney. Para receber as próximas edições da newsletter, inscreva-se gratuitamente deixando seu e-mail no quadro abaixo:
SÃO PAULO – Se você tem acompanhado o noticiário financeiro, já deve ter percebido que algumas commodities – como também são chamadas as principais matérias-primas – estão em alta.
Há quem fale em um “boom”, ocasionado por uma série de razões que elevaram a demanda por ou reduziram a oferta de commodities: desequilíbrios nas cadeias de produção global devido aos efeitos da pandemia de coronavírus; investimentos em infraestrutura bancados por governos ao redor do mundo para estimular a retomada da economia; e até a descarbonização da economia. A fabricação de um carro elétrico, por exemplo, consome bem mais cobre e alumínio do que um convencional, a combustão.
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Diante desse cenário, investidores questionam se é possível surfar a onda das commodities também. Esse foi o tema da newsletter InfoMoney Responde de sexta-feira (5), com a pergunta do leitor Odir. Confira!
Como faço para comprar comodities? Tenho lido que a tendência é de alta, e gostaria saber como aplicar nesse mercado.
Odir P.
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Existem diversas formas de investir em commodities – direta ou indiretamente. As maiores bolsas de commodities do mundo ficam nos Estados Unidos, mas mesmo no mercado brasileiro é possível encontrar algumas opções para ter exposição a elas.
No segmento de derivativos da B3, por exemplo, são negociados contratos futuros de commodities, especialmente agrícolas, como etanol, soja, milho, café e boi gordo. Os contratos futuros são um compromisso de comprar ou vender um ativo por um determinado preço em uma data no futuro.
Eles são bastante utilizados por produtores, que têm a intenção de “travar” os preços dos produtos que comercializam. Mas também podem ser utilizados por investidores que tenham objetivos meramente financeiros – ainda que isso demande um nível de atenção elevado. “Trata-se de um mercado bastante especulativo, que envolve detalhes técnicos, como ajustes diários e depósitos de margem. É um mercado arisco”, diz Henrique Esteter, especialista de investimentos do InfoMoney.
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Se quiser saber mais sobre o mercado de derivativos, não deixe de ler o guia completo do InfoMoney sobre o assunto.
Também existem fundos de investimentos, especialmente os multimercados, que aplicam em commodities localmente ou nas bolsas internacionais. Uma reportagem recente do InfoMoney mostrou que cobre e alumínio, por exemplo, estão entre as apostas de gestoras como a Grimper Capital.
Escolher fundos como esses e comprar as suas cotas, portanto, é uma maneira de investir em commodities também. O lado bom, segundo Esteter, é contar com a gestão profissional de uma equipe dedicada a estudar e escolher os melhores ativos. Por outro lado, é importante ficar atento aos custos. É comum que multimercados cobrem taxa de administração de 2% ao ano e, não raro, também possuem taxa de performance.
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Ações x ETFs x BDRs
Outra forma de ter exposição a commodities é investir em ações das empresas produtoras. O mercado brasileiro está repleto delas, e uma boa amostra são as que compõem o Imat, índice que reúne ações de companhias que atuam com materiais básicos. É o caso, por exemplo, de Suzano, Vale, Gerdau, Braskem e CSN, para ficar nas mais representativas do Imat.
Algumas dessas empresas divulgaram ou vão divulgar seus resultados do terceiro trimestre de 2021 neste mês. Para aprender a avaliar os números, veja esse vídeo sobre como analisar balanços de empresas de commodities:
A vantagem dessa opção, segundo Esteter, é investir não apenas nas commodities em si, mas no projeto da empresa como um todo. “Compra-se um projeto, e não apenas a matéria-prima”, diz. Para alguns investidores, no entanto, exatamente esse mesmo ponto pode representar uma desvantagem. “A exposição não é 100% na commodity, mas também na variação cambial, no endividamento da empresa, na sua gestão, etc.”
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Para os interessados no investimento indireto em commodities, pela via das ações das empresas produtoras, uma outra alternativa são os ETFs, fundos de índices que têm suas cotas negociadas no pregão da B3 como se fossem ações.
Um dos ETFs disponíveis na Bolsa – o MATB11 – replica a carteira do Imat. “O ETF assegura exposição à média do índice que replica. Com ele, o investidor não terá a performance da melhor ação do Imat, mas do conjunto das empresas”, explica Esteter.
Também existe a possibilidade de investir em BDRs – recibos de ações ou outros ativos listados em bolsas estrangeiras, que podem ser negociados na B3 – que asseguram exposição a certas commodities.
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Na Bolsa brasileira, é possível, por exemplo, comprar BDRs de algumas das maiores mineradoras estrangeiras, como Rio Tinto, Anglo American e BHP. Fora isso, também existem BDRs de ETFs que acompanham índices de commodities. O iShares Silver Trust (BSLV39), por exemplo, permite apostar no desempenho da prata, e o iShares Gold Trust (BIAU39) acompanha a performance do ouro.
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