Processadora de cartões há 29 anos, CSU agora aposta no Banking as a Service: o que esperar da Blue C Technology?

Diretor de RI da companhia, José Leoni participou de live do InfoMoney e disse que há novas aquisições em estudo, seja participação minoritária ou controle

Anderson Figo

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SÃO PAULO — Pioneira no processamento de cartões de crédito no Brasil, a CSU (CARD3) há algum tempo diversifica seu portfólio para expandir também em outros segmentos. Além do serviço de fidelidade e incentivo através do OpteMais, um marketplace próprio, a empresa também opera em consumer experience e, mais recentemente, lançou um braço de Banking as a Service (BaaS), a Blue C Technology.

“A gente acha que tem oportunidade de crescimento em todos os negócios. Mas o que a gente vê como novidade, não à toa essa operação de Banking as a Service chama Blue C Technology porque a gente vê o BaaS como um oceano azul”, disse José Leoni, diretor de relações com investidores da CSU, em live do InfoMoney. “Criar operações financeiras para empresas não financeiras é uma tendência, que surgiu nos últimos anos por conta principalmente de mudanças regulatórias”, completou.

A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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“A gente acha que esse negócio tem um futuro bastante promissor e deve apresentar, sim, um futuro bastante interessante para a companhia. A gente acabou de lançar a Blue C Technology, foi em junho deste ano, ela tem pouquíssimo tempo de existência. Mas a gente fez um mapeamento muito vasto de mercado com consultorias especializadas nesse segmento de Banking as a Service para trazer o que há de melhor. A gente fala numa conta digital plugada num cartão, plugada num programa de fidelidade, em parceiros de negócios para crédito, investimentos, seguros. A gente vem avançando para trazer os primeiros clientes para essa operação.”

Leoni falou ainda sobre os investimentos que a companhia faz em segurança, diante da explosão de fraudes em cartões de crédito no Brasil durante a pandemia de coronavírus. “É uma preocupação grande não só com cartão de crédito, qualquer meio de pagamento eletrônico. Vocês podem ver recentemente com o Pix, ele está sujeito a fraudes e os controles vão sendo construídos ao longo de muitos anos. O mercado de cartões de crédito é maduro e existe no país há bastante tempo. Tem soluções antifraude na bandeira e na CSU. É uma constante evolução e sempre tem espaço para melhorias”, afirmou.

O executivo destacou que a empresa não tem uma política formal de pagamento de dividendos, mas que historicamente vem remunerando seus acionistas com cerca de 40% do lucro, o que é maior do que os 25% mínimos exigidos — e, segundo ele, não há motivos para mudar isso. Leoni falou ainda sobre os investimentos em inovação e os riscos ao negócio, como a perda de renda e consequente redução do consumo dos brasileiros, gerando menos operações processadas pela companhia.

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O diretor da CSU falou ainda sobre o baixo endividamento da companhia e a aquisição de parte do Fitbank no início do ano. “Apesar de a gente ter uma dívida pequenininha, a CSU é muito geradora de caixa. (…) A gente fez esse investimento no Fitbank com caixa próprio. Foram mais de 60 conversas com potenciais targets. A gente tem grana, a gente gera caixa para executar as operações de M&A que estão no nosso pipe“, afirmou. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.