Exterior, crise hídrica e dólar pressionam preço de combustíveis, diz Guedes

Ele informou à Comissão no Senado que pedirá a governadores que colaborem com o impacto, não aumentando os impostos estaduais sobre produtos

Estadão Conteúdo

O ministro Paulo Guedes (Economia) em coletiva de imprensa (Foto: Edu Andrade/Ascom/ME)
O ministro Paulo Guedes (Economia) em coletiva de imprensa (Foto: Edu Andrade/Ascom/ME)

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta quinta-feira que a alta dos preços dos combustíveis é fruto de pelo menos de três fontes de pressão. Ele informou à Comissão Temporária da Covid-19 no Senado que pedirá a governadores que colaborem com o impacto, não aumentando os impostos estaduais sobre os produtos.

A primeira fonte de pressão dos preços de gasolina e similares, conforme o ministro, veio do exterior, com a elevação do valor da commodity. A segunda é a crise hídrica pela qual o País passa atualmente. A terceira é cambial, em função de questões políticas que têm elevado a cotação do dólar ante o real. “Por isso que acho que tem antecipação da campanha política”, disse.

Durante a audiência, Guedes criticou a alta de impostos sobre combustíveis feita pelos Estados durante crise hídrica. “Não se pode permitir que, na crise hídrica, se aumente a cobrança de impostos”, avaliou. “Os Estados têm ICMS que incide sobre a bandeira. Isso é um absurdo”, continuou.

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Ele recomendou que se acabe com esse tributo e que se passe a produzir um imposto similar ao ICMS em melhores bases. Pediu que aprovassem o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual.

O ministro criticou a imprensa por ter supostamente tirado de contexto sua avaliação de que há uma crise hídrica no País e que se soma à de combustíveis.

“A crise de combustíveis está aí, é uma realidade. A crise hídrica é algo que não controlamos. Temos que enfrentar a crise de frente”, afirmou o ministro da Economia.

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Guedes disse que pedirá aos governadores que não subam o imposto relativo à mudança de bandeira. “Vão faturar em cima da crise, aumentar a arrecadação”, recriminou.

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