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Os benefícios de uma carteira de investimento diversificada já são bem conhecidos. Ao colocar diferentes produtos na cesta, o investidor mitiga o risco daquele conjunto de ativos, potencializando ganhos no médio e longo prazo. Um portfólio com bom nível de diversificação não tem apenas ativos de classes diferentes, mas também, ativos com respostas diferentes aos acontecimentos macroeconômicos. Se a queda na taxa Selic, por exemplo, comprime o retorno de um ativo, é importante que na carteira haja outro que ganhe ou que não se altere com o movimento.
Dentro deste conceito, as criptomoedas podem ter um papel importante na busca por diversificação, devido ao elevado grau de descorrelação em relação aos ativos tradicionais.
Stefano Sergole, Sócio e Diretor de Distribuição da Hashdex, gestora especializada em criptoativos, faz uma analogia: “uma dieta balanceada não é composta por 3, 4 tipos diferentes de proteína, ela precisa incluir outros grupos de alimentos para ser considerada saudável. Em uma carteira de investimento é igual, quanto mais ativos diferentes como ações, criptos, renda fixa, moeda, mais saudável ela será.”
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Os drivers ou fatores que impactam o valor de uma criptomoeda, como o Bitcoin, são diferentes dos que explicam movimentos em ativos como ações, títulos públicos ou papéis de crédito privado, por isso há uma elevada descorrelação entre eles.
Por ser um ativo baseado na Tecnologia Blockchain, que surgiu há pouco mais de 10 anos, o principal drive para sua valorização é a solidificação do ecossistema de cripto.
Um dos grandes responsáveis pela recente valorização dos criptoativos foi a entrada de Investidores Institucionais nessa classe de ativos. Stefano considera que o amadurecimento do ecossistema de ativos digitais foi crucial para que esses investidores estejam se sentindo, agora, confortáveis para ter exposição nessa classe de ativos.
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“Bolsas como a Nasdaq e a B3, que administram índices de cripto e intermediam a compra de ativos por investidores institucionais, dão mais segurança ao mercado por oferecerem opções de investimento bastante sofisticados, além de regulados.”
Stefano acredita, ainda, que exista espaço para investimentos em criptos no portifólio de todos os investidores, e que o que deve variar é o tamanho da alocação, dependendo do perfil do investidor. “Por ser historicamente descorrelacionado de todas as outras classes de ativos, criptos têm o potencial de melhorar a relação risco/ retorno de uma carteira, melhorando o retorno sobre o investimento, sem necessariamente aumentar a volatilidade da carteira.
A Hashdex oferece, no site da gestora, uma ferramenta gratuita, chamada de simulador de portfólio, onde o investidor consegue simular o efeito que diferentes alocações em cripto poderiam gerar na sua própria carteira de investimentos.
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Para um investidor moderado, por exemplo, a adição de 3% de cripto em uma carteira eleva pouco a volatilidade (de 7,46% para 7,85%) mas com um índice sharpe, que analisa relação risco-retorno, saltando de 0,82 para 1,35 e um ganho anualizado na projeção do simulador indo de 12,06% para 16,56%, incluindo ativos de renda variável e renda fixa.
“A adição de pequenas quantidades de cripto causou pouco impacto no risco da carteira total, por conta do efeito diversificação, porém compensado com um incremento de retorno e na relação risco/retorno, medida pelo Sharpe”, explica o executivo da Hashdex.
Produtos diferenciados de cripto
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Os criptoativos vem ganhando espaço nas carteiras de investimento nos últimos anos com uma participação marcante dos institucionais desde o ano passado. O movimento explica, em parte, o sucesso do lançamento do ETF Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de índice, negociado na B3 desde o dia 26 de abril. Na oferta inicial, a Hashdex captou o montante de R$ 615,2 milhões com o fundo, que replica um índice de criptos desenvolvido pela Nasdaq em parceria com a própria gestora.
O índice, replicado aqui pelo ETF, é composto por Bitcoin (80,37%), Ethereum (16,35%), Litecoin (1,19%), Chainlink (0,94%), Bitcoin Cash (0,64%) e Stellar Lumens (0,50%). O ETF está sendo negociado na B3 com o código HASH11.
A gestora já negociava fundos de cripto com exposição ao índice da Nasdaq para diferentes perfis de investidor, com 20%, 40% ou 100% de exposição a cripto. “O resultado do lançamento foi muito positivo, atraindo investidores institucionais, grandes fundos e o investidor comum, o que reforça a relevância dos criptoativos em uma carteira saudável”, comenta o executivo da Hashdex, salientando que o ETF é um produto 100% cripto disponível a todos os investidores, diferente dos fundos.
“Para quem realmente é muito conservador acho que vale a pena começar pelos fundos porque tem mais histórico e uma gordura de proteção maior pela parcela de renda fixa em cada um deles. Agora, o HASH11, é produto puro, não tem caixa, sendo ideal para quem tem autocontrole e disciplina para se expor mais na busca por retorno.”