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(Reuters) – O Instituto Butantan vai interromper na sexta-feira o envase da CoronaVac, vacina contra Covid-19 da chinesa Sinovac, por falta do insumo farmacêutico ativo (IFA) do imunizante mediante entraves no envio pela China, informou a instituição.
O Butantan aguardava a liberação de um novo lote do IFA pela China nesta quinta-feira, mas o presidente do instituto, Dimas Covas, antecipou na véspera que a previsão não se cumpriria e que não há previsão para que os chineses liberem a próxima exportação.
Em nota, o Butantan informou que entregará na sexta 1,1 milhão de doses ao Ministério da Saúde, totalizando mais de 47 milhões de doses entregues, mas que terá de interromper a produção no mesmo dia.
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“Todo o IFA recebido em 19/4 já foi processado e, após a entrega desta sexta-feira, a produção será retomada assim que mais insumos chegarem”, disse o instituto em nota enviada nesta quinta, acrescentando que aguarda autorização do governo chinês para a liberação de mais matéria-prima necessária para a produção da vacina.
O Butantan apontou ainda que “questões referentes à relação diplomática Brasil x China podem, sim, estar interferindo diretamente no cronograma de liberação de novos lotes de insumos”, e garantiu que não há qualquer entrave relativo à disponibilização do IFA por parte da Sinovac.
O instituto é ligado ao governo de São Paulo, cujo governador João Doria é desafeto do presidente Jair Bolsonaro. Na véspera, Doria atribuiu o atraso na liberação do IFA por Pequim ao que chama de “mal-estar diplomático” causado por declarações do presidente e de outras autoridades brasileiras contra a China.
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