2ª dose de vacina contra Covid-19 deve ser tomada mesmo fora do prazo, afirma Ministério da Saúde

Recomendação foi publicada no Plano Nacional de Imunização e se refere às vacinas CoronaVac e Oxford/AstraZeneca

Érico Lotufo

(Unsplash)
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SÃO PAULO – O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (26) nota técnica em que recomenda a aplicação da segunda dose da vacina de Covid-19 até mesmo para aqueles que perderam o prazo recomendado pelos laboratórios.

A recomendação vale tanto para a vacina CoronaVac quanto para a Oxford/AstraZeneca – as duas vacinas disponíveis no país hoje. Esses imunizantes têm diferentes intervalos de aplicação. A CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac, necessita de 4 semanas entre as doses. Já a vacina da Oxford/Astrazeneca, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pode ter intervalo de 12 semanas entre as doses.

“Informa-se ainda que é improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas Covid-19 ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal”, diz a nota. “No entanto, atrasos em relação ao intervalo máximo recomendado para cada vacina devem ser evitados, uma vez que não se pode assegurar a devida proteção do indivíduo até a administração da segunda dose. Observa-se que, ainda que ocorram atrasos no esquema vacinal, o mesmo deverá ser completado com a administração da segunda dose o mais rápido possível.”

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A notificação ocorre poucos dias após a prefeitura de São Paulo anunciar que mais de 81 mil pessoas na capital paulista não tomaram a segunda dose da vacina dentro do prazo. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a prefeitura está entrando em contato com quem não recebeu a segunda dose para que ela seja aplicada.

Vacinação no Brasil segue defasada

Segundo dados do governo, mais de 38 milhões de doses já foram aplicadas no Brasil. No entanto, esse número representa 13% da população brasileira recebendo pelo menos uma dose. Apenas 5,5% da população está completamente imunizada.

Além das entregas da CoronaVac e da Oxford/AstraZeneca, que dependem atualmente do recebimento de insumos importados, o Ministério da Saúde projeta a chegada até junho de 15,5 milhões de vacinas da Pfizer, que também é aplicada em duas doses.

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A vacina já tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicada no Brasil. Até o fim de 2021, 100 milhões de doses devem chegar ao país. O Ministério da Saúde negocia a chegada de mais 100 milhões de doses para 2022.

A Anvisa negou ontem a importação da vacina Sputnik V, vacina contra Covid-19 desenvolvida na Rússia. Segundo a agência, faltaram informações e transparência nos estudos feitos para demonstrar a eficácia e segurança da vacina. O Ministério da Saúde já deixou em espaço separado a Sputnik V em seu último cronograma de vacinação, por conta da falta de aprovação pela Anvisa.

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