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O Instituto Butantan admitiu na noite desta sexta-feira ter firmado acordo de licenciamento com o Hospital Mount Sinai, de Nova York, para uso de tecnologia desenvolvida pela instituição para fabricar a ButanVac, anunciada pelo instituto como a primeira vacina 100% brasileira contra a Covid-19.
O reconhecimento da parceira, por meio de nota oficial, ocorreu após o Mount Sinai ter afirmado que um pesquisador da instituição foi o responsável por desenvolver a tecnologia que será utilizada pelo Butantan para fabricar a vacina.
“A tecnologia foi originalmente desenvolvida pelo dr. Peter Palese, chefe de Microbiologia do Mount Sinai”, disse o hospital em e-mail enviado à Reuters. A notícia foi antecipada pelo jornal Folha de S.Paulo.
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De acordo com o Mount Sinai, a tecnologia foi desenvolvida originalmente pela Icahn School of Medicine do hospital.
“O modelo inovador da vacina candidata ButanVac funciona usando outro vírus, o vírus inativado da doença de Newcastle (NDV), para induzir o corpo a construir defesas protetoras contra Covid-19. A tecnologia de vacina NDV foi originalmente desenvolvida na Icahn School of Medicine no Mount Sinai em Nova York, Estados Unidos”, disse o hospital.
O Butantan havia anunciado mais cedo nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, que apresentaria um pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para testar em humanos a ButanVac, anunciada como primeira vacina 100% brasileira contra a Covid-19.
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Porém, à noite, o instituto disse em nota que firmou parceria com o Mount Sinai e tem a licença de uso e exploração de parte da tecnologia.
“O uso dessa tecnologia é livre do pagamento de royalties (royalty free) e pode ser feito por qualquer instituição de pesquisa em qualquer parte do mundo. Isso foi adotado para essa tecnologia com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus”, afirmou.
“Contudo, não se tem uma vacina apenas com essa tecnologia de obtenção do vírus. Nesse ponto começa o desenvolvimento da vacina completamente com tecnologia do Butantan”, disse o instituto, reiterando que a produção da ButanVac será 100% nacional.
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A ButanVac se baseia em um vírus geneticamente modificado de uma doença que afeta aves, não humanos, para expressar a proteína Spike do coronavírus. Esse vírus é posteriormente cultivado em ovo de galinha e então inativado para produção da vacina.
Segundo a nota do Butantan, a instituição dos EUA “não havia autorizado a divulgação de seu nome em comunicados oficiais do Butantan sobre a nova vacina”.
O Butantan anunciou, ainda, que protocolou nesta noite junto à Anvisa o Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) referente à ButanVac.
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