Conselho de Administração da Petrobras aprova dividendos no valor de R$ 10,3 bilhões

Valor é equivalente a R$ 0,787446 por ação ordinária e preferencial em circulação, com base no resultado anual de 2020.

Equipe InfoMoney

Logo da Petrobras em tela de celular (Shutterstock)
Logo da Petrobras em tela de celular (Shutterstock)

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SÃO PAULO – A Petrobras (PETR3;PETR4) comunicou nesta quarta-feira (24) que seu Conselho de Administração aprovou a remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos no valor de R$ 10,3 bilhões, equivalente a R$ 0,787446 por ação ordinária e preferencial em circulação, com base no resultado anual de 2020.

O valor é equivalente a 5% do capital social, aplicado tanto às ações preferenciais quanto ordinárias. Do valor a ser pago, R$ 5,7 bilhões são referentes à destinação do resultado do exercício de 2020 e R$ 4,6 bilhões são oriundos da conta de reserva de retenção de lucros.

“O dividendo proposto, superior ao mínimo obrigatório, foi possibilitado pela forte geração de caixa alcançada pela companhia em 2020 e está alinhado ao compromisso de geração de valor para os acionistas”, destacou a estatal.

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A companhia informou que o pagamento será realizado no Brasil em 29 de abril de 2021; as ações serão negociadas ex-direitos na B3 e NYSE a partir do dia 15 de abril de 2021. Todos os valores serão atualizados pela variação da taxa Selic de 31 de dezembro de 2020 até a data do pagamento.

A estatal informou que a  proposta de remuneração aos acionistas será encaminhada para deliberação da Assembleia Geral de Acionistas a ser realizada em 14 de abril.

A petroleira divulgou seu resultado do quarto trimestre e consolidado de 2020 na noite desta quarta-feira, com um lucro líquido que superou as estimativas ao somar R$ 59,89 bilhões. O número veio muito acima da média das projeções dos analistas compilada pela Refinitiv, que apontava para lucro de R$ 4,88 bilhões no período.

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Esse número muito acima de qualquer projeção se deveu à reversão de impairment (deterioração de ativos na contabilidade) de R$ 31 bilhões, ganhos cambiais de R$ 20 bilhões e reversão de gastos passados do plano AMS, em R$ 13,1 bilhões, decorrente da revisão de obrigações futuras da empresa.

No ano a estatal teve um lucro de R$ 7,1 bilhões, enquanto os analistas esperavam um prejuízo de R$ 47,73 bilhões em 2020. Apesar do disso, o lucro de 2020 registrou uma queda de 82% em relação a 2019.

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