“Somos conservadores no guidance de abertura de lojas para garantir que vamos cumprir”, diz CEO da d1000

Sammy Birmarcker participou de live do InfoMoney e falou sobre os preços das ações da empresa e perspectivas para os próximos trimestres

Anderson Figo

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SÃO PAULO — Embora tenha demonstrado melhora nos números do terceiro trimestre de 2020, a rede de farmácias d1000 (DMVF3) mantém uma postura conservadora ao falar de perspectivas e seu CEO, Sammy Birmarcker, diz que a empresa só vai retomar a “normalidade pré-pandemia” no segundo semestre de 2021.

“Estamos operando ainda com uma venda muito aquém do normal. Isso porque 17% das nossas lojas são em shoppings. Houve a reabertura parcial da economia no terceiro trimestre, isso ajudou o balanço, sem dúvida, mas os shoppings ainda estão apenas com 65%-70% de sua capacidade anterior”, afirmou o executivo.

Ele participou nesta segunda-feira (9) de uma live no InfoMoney da série Por Dentro dos Resultados, onde executivos de importantes empresas da Bolsa apresentam os principais destaques financeiros do terceiro trimestre, comentam os números e falam sobre perspectivas.

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Segundo Birmarcker, o guidance de abertura de 30 novas lojas no ano que vem é conservador, mas é certo que a empresa consegue entregar esse compromisso. “Nós precisamos entregar 30 boas lojas. Estamos num momento que a empresa precisa se firmar, mostrar a que veio. É melhor abrir 30 lojas bem-feitas do que sair abrindo lojas fracas por volume.”

O CEO da d1000 falou ainda sobre a concorrência, como a rede de farmácias Pague Menos, recém chegada à Bolsa, e os planos de crescimento orgânico, sem tirar possíveis aquisições do radar. “Estamos capitalizados para isso”, afirmou.

Birmarcker comentou ainda sobre o aumento da margem bruta da empresa no terceiro trimestre, puxado entre outras coisas pelo segmento de higiene e beleza, falou sobre o fim do auxílio emergencial do governo e como isso pode impactar o público-alvo da d1000, já que a empresa pretende focar em farmácias populares.

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Sobre o e-commerce, o CEO da d1000 disse que a empresa deu um primeiro passo ao lançar o canal de vendas online e app das redes, mas que ainda há um caminho a percorrer. “Tivemos um pico de 10% a 12% da receita sendo vendida online durante a pandemia, mas agora isso já caiu para uns 8%. Isso não significa que as vendas diminuíram, mas sim que elas cresceram nas lojas físicas, a medida que as restrições de mobilidade foram caindo”, avaliou.

O executivo falou ainda sobre aumento de preços, impacto do IGP-M maior sobre os alugueis, a estratégia de evitar abrir novas lojas em shoppings e sobre os preços das ações da companhia na Bolsa. Assista à live acima.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.