Com ou sem negociações com a Bolívia, tendência é de aumento do gás

Segundo o presidente da Petrobras, o preço do combustível está defasado em relação ao óleo combustível e ao petróleo

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Independentemente do resultado das negociações entre o Brasil e a Bolívia, o preço do gás deve aumentar. A afirmação foi feita pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. O motivo, segundo ele, é a defasagem do total cobrado atualmente.

Conforme o responsável pela estatal, o combustível está muito inferior em relação ao empregado pelo óleo combustível e pelo petróleo. “Como resultado há um crescimento da demanda extremamente elevado. Está previsto em 17% ao ano”, afirmou.

A idéia, segundo Gabrielli, é investir para viabilizar a oferta. “Mas é objetivamente um crescimento acelerado que reflete em um preço abaixo do que deve ser”, garantiu.

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Indústrias

As declarações vêm ao encontro do dito pelo coordenador de Administração das Faculdades Integradas Rio Branco, Carlos Eduardo Stempniewski, em entrevista recente à InfoMoney.

Conforme o especialista, o que preocupa realmente são as indústrias que alteraram sua matriz energética recentemente para gás natural. Segundo o professor, como essas empresas estão receosas quanto ao futuro do combustível no País, a tendência é de nova conversão de combustível ou de escolha de um novo.

“Pode ser biodiesel, até mesmo rede elétrica. Mas essa reversão deve ser repassada ao consumidor”, explicou. Stempniewski ressaltou, no entanto, que ainda é muito cedo para fazer especulações sobre os efeitos disso no bolso dos cidadãos.

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Confirmação

Em suas declarações ao periódico, Gabrielli confirmou, com outras palavras, a previsão do professor. Segundo ele, uma provável alta de preço afetaria principalmente as indústrias que utilizam o gás em seu processo produtivo.
Dessa forma, vários artigos poderiam sofrer reajuste de preço, o que afetaria diretamente o orçamento do consumidor.

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