Consumo de gás veicular cresce 6,16% em dezembro

Segundo dados da Abegás, também houve aumento do uso do gás para geração elétrica. Consumo residencial, no entanto, diminuiu

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Os consumidores utilizaram mais gás natural para abastecer os veículos em dezembro, assim como foi ampliado o uso do produto como fonte de energia. Pelo menos é isso o que mostram dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), duvulgados nesta quarta-feira (31).

Conforme o levantamento, o volume vendido no último mês de 2006 cresceu, respectivamente, 6,16% e 24,88%. No total, a comercialização atingiu 42 milhões de metros cúbicos diários, o que mostra um crescimento de 1,93% em relação ao mês anterior. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o volume de vendas diminuiu 2,77%.

Retração

Diferentemente dos setores automotivos e de geração elétrica, os outros setores apresentaram retração.

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A maior queda do período foi registrada no consumo residencial, com – 8,67%, seguido pelo industrial e comercial que, respectivamente, diminuíram 4,37% e 4,29%.

Nacionalização

Vale lembrar que a Bolívia, grande fornecedora do produto ao País (abastecendo cerca de 80% do consumo industrial de São Paulo), anunciou em maio do ano passado que suas reservas de hidrocarbonetos seriam nacionalizadas.

A Petrobras, que explorava gás boliviano, em outubro último assinou um contrato de adequação com o governo de Evo Morales.

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Aumento de preço

Ficou o temor, no entanto, que o preço do metro cúbico suba algo em torno de 25%. Atualmente, esse total varia de US$ 4 a US$ 5 por milhão de BTU (unidade termina britânica).

Em recente entrevista a InfoMoney, o presidente da Abegás, Romero de Oliveira e Silva, afirmou não acreditar que haja um aumento no valor cobrado.

“Existem contratos tanto das distribuidoras com a Petrobras quanto da estatal com a Bolívia. Não se podem mudar os valores sem que as duas partes entrem em acordo”, explicou.

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No carro

Além disso, nessa mesma ocasião, o diretor superintendente da Associação Brasileira de Gás Natural Veicular (ABGNV), Antonio José Teixeira Mendes, afirmou que o preço do produto utilizado pelos motoristas como combustível também não deve sofrer grande alteração.

Esse aumento de 25% seria absorvido durante as etapas de entrega do produto até chegar à bomba, o que poderia resultar em um encarecimento de menos de 1 centavo por metro cúbico ao consumidor.

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