Tarifa de talão de cheque varia de zero a R$ 7,20, de acordo com o banco

SÃO PAULO – Quando o consumidor vai escolher onde fazer sua conta-corrente, deve ficar muito atento às tarifas empregadas em cada instituição. Para se ter uma idéia, quando o assunto são cobranças relativas à emissão de talão e folha de cheque, a diferença chega a ser de zero a R$ 7,20, de acordo com cada banco.

Os dados, dispostos na página eletrônica do Banco Central, foram compilados pela InfoMoney. Ao todo, foram analisados os dez bancos pesquisados mensalmente pela Fundação Procon de São Paulo para levantamento da taxa de juro do cheque especial e do empréstimo pessoal: HSBC, Santander Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra, Nossa Caixa, ABN Amro Real e Unibanco.

Talão com 20

A maior diferença – de zero a R$ 7,20 – é sentida na emissão do segundo talão de 20 folhas no mês. Vale lembrar que o levantamento do BC diz respeito ao valor máximo que cada instituição cobra e pode variar de acordo com cestas de tarifas e outros detalhes.

O maior valor, nesse caso, está no Unibanco. A gratuidade é vista no Banco do Brasil, Real, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC. Com valores intermediários, estão a Caixa Econômica Federal (R$ 6,60), a Nossa Caixa (R$ 6) e o Safra (R$ 6).

Apenas a título comparativo, agências Itaú Personnalité cobram R$ 16 pelo mesmo serviço.

Por folha

Quando o assunto é emissão de cheque avulso, a diferença de valores é de até nove vezes. A maior cobrança vem do BB, que figurou no levantamento anterior como fornecedora gratuita de talão com 20 folhas: R$ 3,90, por cada pedido. O menor valor, de R$ 0,43, está no Itaú, com R$ 0,43.

O Santander cobra R$ 3,60; Real, Unibanco e HSBC, R$ 3,20; Caixa Econômica e Nossa Caixa, R$ 3; e Banco Safra e Bradesco, R$ 2,90.

Por instituição

Veja, na tabela abaixo, o total cobrado por cada instituição em ambas as situações, segundo informações do BC:

Fonte: Banco Central

Mas é importante avaliar outros fatores antes da contratação ser efetuada, como preço de outros serviços, taxas de juros, manutenção da conta, etc. Por isso, pesquisa é fundamental antes de assinatura de qualquer acordo.

Discussão

Vale lembrar que, nesta quarta-feira (16), será realizada uma audiência pública na Câmara Federal, como forma de discutir o ganho dos bancos com a cobrança de tarifas.

O pedido foi motivado em março, após a consultoria
Austing Ratings mostrar que a receita com tarifas bancárias cresceu quase oito vezes desde o Plano Real e dobrou no governo Lula, atingindo R$ 52,8 bilhões em dezembro do ano passado.