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SÃO PAULO – Quando compra um carro popular, com preço em torno de R$ 22 mil, com prazo de 84 meses para pagamento, o motorista desembolsa uma parcela em torno de R$ 460 (considerando juros de 1,5% ao mês). Contudo, os gastos não param por aí: além da prestação fixa por um prazo de sete anos, é necessário levar em consideração os custos de manutenção do auto.
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, tomando como base o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), o brasileiro reserva algo em torno de 7% de seu orçamento para arcar com as despesas do automóvel.
Renda média x gastos
Levando em consideração que o rendimento médio do trabalhador brasileiro é de R$ 1.120, de acordo com último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a parcela de um carro, nessas condições, comprometeria algo em torno de 40% de seu orçamento.
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Além disso, seriam mais R$ 80 mensais, na média, com despesas rotineiras.
Formas de economia
Dessa maneira, é importante ter em mente formas de economizar. Os custos da manutenção de um auto são divididos da seguinte maneira:
- Combustíveis e lubrificantes: apenas esses itens abocanham 4,04% do orçamento. “Em períodos de safra de cana-de-açúcar, com o álcool mais barato, a substituição da gasolina vale a pena”, explicou o coordenador do IPC-S, André Braz. Por outro lado, quando o derivado de cana começa a ficar mais caro na bomba, o motorista deve ficar atento e ver se, ainda, compensa abastecer com esse combustível alternativo – que deve custar até 70% do valor da gasolina.
- Oficina e peças: o conserto do carro, mais a compra de peças, fica com 1% dos ganhos. Por isso, o melhor é evitar problemas, desviando de buracos, não dirigindo com o pé em cima da embreagem e não andando com o carro desengatado.
- IPVA, pedágio, seguro: inseridos no grupo “Outros”, que consome 1,2%, esses gastos podem ser minimizados se o motorista optar pelo pagamento da cota única com desconto do IPVA; pesquisar preços antes de contratar uma proteção ao veículo e avaliar se o total despendido com pedágio e gasolina em viagens, por exemplo, não é superior ao valor de uma passagem de ônibus.