TV digital: conversores serão vendidos por mais de R$ 750, contrariando ministro

A Gradiente anunciou que produzirá o conversor DHD-800, que chegará ao mercado por R$ 799

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Mesmo após o ministro das Comunicações, Hélio Costa, ter reafirmado durante o Internet Governance Forum 2007 que o conversor para TV digital deverá custar R$ 200 no Brasil, as primeiras empresas que disponibilizarão o produto no País continuam estimando valores mais altos.

A Gradiente anunciou que produzirá, em parceria com a STMicoeletronics, o conversor DHD-800 que, segundo a empresa, custará R$ 799. “Esse valor só será reduzido se o governo der algum tipo de incentivo, ou reduzir as tributações que incidem no produto”, informou a assessoria de imprensa da marca.

De acordo com o vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Gradiente, Moris Arditti, os conversores chegarão as lojas algumas semanas antes do Natal. A transmissão digital do sinal de televisão começa em São Paulo no dia 2 de dezembro. Em outros Estados, a transmissão só acontecerá em 2008.

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Sony

Outra marca que entrará no mercado com o conversor para a tecnologia brasileira de TV Digital é a Sony.

A marca informou que, a partir de dezembro, venderá o Receptor HDTV Bravia para ser acoplado à TV LCD Bravia por R$ 999.

A empresa afirmou ainda que, caso a transmissão digital sofra atualizações no decorrer do período, o consumidor deverá levar o receptor a uma autorizada e atualizar o software, sem custo adicional.

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TV Digital

Para o presidente da Gradiente, Eugênio Staub, a TV Digital deve surpreender, já que ele acredita que sua penetração será mais rápida do que muitos imaginam.

De acordo com Staub, essa assimilação deve acontecer porque, além da TV aberta ser uma paixão nacional, o brasileiro gosta de inovações tecnológicas. Outro motivo é a possibilidade de recepção de imagens e programas de TV em telefones celulares, laptops, computadores de mão ou receptores instalados em veículos.

Para o presidente, o grande obstáculo à expansão da TV Digital brasileira deve ser o baixo poder aquisitivo das classes C, D e E, que dificultará a aquisição de conversores. No entanto, ele estima que, entre 3 e 5 anos, os preços deverão cair até por volta de R$ 100.

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Televisores

Staub esclareceu ainda que a adoção do padrão nipo-brasileiro de TV Digital, hoje denominado ISDTV (de International System for Digital Television), não vai encarecer o televisor produzido no Brasil.

Ele afirmou que a produção brasileira alcançará níveis de economia de escala, porque o ISDTV não requer um único componente customizado ou dedicado, mas componentes de prateleira, que são verdadeiras commodities.

O único componente restrito e exclusivo dos mercados que optaram pelo padrão OFDM de modulação japonês – por enquanto Brasil e Japão – é o chip de demodulação. O restante é formado por componentes de uso generalizado em conversores, câmeras, vídeo players e televisores em quase todo o mundo.

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