Governo reitera que não abrirá mão do gás boliviano em favor da Argentina

Conforme a Trevisan Consultoria, a polêmica deve fazer o consumidor final pagar 6% a mais pelo produto

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Um dia antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajar para a Argentina para discutir o setor energético, o porta voz do Governo, Marcelo Baumbach, reiterou que não se trabalha com a hipótese de o País abrir mão de parte do gás natural boliviano em favor da nação vizinha.

“É uma necessidade brasileira e o nosso mercado interno, nossas necessidade internas, vêm em primeiro lugar”, disse. Lula embarca nesta quinta-feira (21). Na sexta-feira (22) visita a Corte Suprema e o Congresso e se reúne com a presidente Cristiana Kirchner. No sábado (23), ocorrerá o encontro com o presidente da Bolívia, Evo Morales.

Diálogo

“O Brasil está disposto a dialogar de maneira construtiva, como tem dialogado, isso significa que possam ser estudadas maneiras de ajudar a Argentina como no ano passado, com fornecimento de energia elétrica”, completou o porta-voz à Agência Brasil.

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A despeito de todas as declarações, o acompanhamento do caso mostra que a situação não está muito favorável para o País. Segundo reportagem do jornal britânico Financial Times, o volume de gás boliviano liberado ao Brasil deve ser reduzido a partir de meados deste ano, quando chegar o inverno.

E, conforme a Trevisan Consultoria, a mais nova polêmica a respeito das negociações comerciais entre os dois países deve fazer o consumidor final pagar 6% a mais pelo produto.

Preço maior

De acordo com o FT, a idéia é que a Bolívia aumente o fornecimento para a Argentina. A distribuidora daquele país pagará US$ 7 por BTU (unidade térmica britânica), sendo que o Brasil desembolsa US$ 5,6 pela mesma quantidade.

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Atualmente, contratos garantem fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos diários à Petrobras e mais 7,7 milhões de metros cúbicos diários à Enarsa, estatal argentina. Contudo, adicionou o FT, a capacidade de suprimento está em 27 milhões de metros cúbicos/dia e 3 milhões de metros cúbicos/dia para os países, respectivamente.

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