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A produção de motos no Brasil deve reduzir o ritmo de crescimento em 2020, prevê a Abraciclo, que reúne as fabricantes do segmento. A associação divulgou nesta quinta-feira (23), que o volume produzido cresceu 6,8% no ano passado, para 1,107 milhão de unidades, e que a projeção para este ano é de expansão um pouco menor, de 6,1%, para 1,175 milhão de unidades.
Também deve haver desaceleração nas vendas para o mercado interno. Após expansão de 14,6% nos licenciamentos em 2019, a Abraciclo prevê expansão de 5,8% em 2020.
O mercado, portanto, que terminou o ano passado com 1,077 milhão de unidades vendidas no varejo, fecharia 2020, pela previsão da associação, com a venda de 1,14 milhão de unidades.
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Apesar da perda de fôlego, a Abraciclo destaca que o segmento terá mais um ano de expansão em 2020.
“Os motivos para um novo crescimento são o aumento da confiança do consumidor, maior oferta de crédito, lançamento de novos produtos com tecnologias mais avançadas e evolução na demanda por veículos de duas rodas para mobilidade”, afirma o presidente da associação, Marcos Fermanian.
Em relação às exportações, que caíram 43,3% em 2019, para 38,6 mil unidades, a estimativa é de uma queda menor em 2020, de 27,5%, estima a Abraciclo.
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Pela estimativa, portanto, as vendas ao exterior devem atingir 28 mil unidades este ano. O recuo, mais uma vez, é explicado pela crise da Argentina, principal destino das exportações de motos brasileiras.
Dezembro
No último mês do ano passado, a produção de motos somou 69 mil unidades, alta de 1,8% em relação a igual mês de 2018, mas queda de 25,8% na comparação com novembro.
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Nas vendas no varejo, foram 94 mil emplacamentos em dezembro, expansão de 11,9% ante igual mês de 2018 e 6,5% sobre novembro. A exportação somou 3 mil unidades, avanço de 1,4% na comparação com dezembro de 2018, mas queda de 6,8% ante novembro.
Explicação para a cautela
A Abraciclo afirma que está cautelosa em relação às projeções para o segmento em 2020, porque ainda não tem clareza em relação ao que vai impulsionar o PIB.
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Enquanto os analistas do mercado financeiro acreditam que a economia brasileira vai acelerar a taxa de crescimento este ano, para algo entre 2% e 2,5%, as montadoras de motos trabalham com previsões para o setor que representam redução do ritmo de expansão em relação a 2019.
No ano passado, a venda de motos no varejo cresceu 14,6%, quase três vezes o que o avanço que a Abraciclo espera para este ano, de 5,8%. Na produção, também deve haver desaceleração. Após crescimento de 6,8% em 2019, a projeção é de alta de 6,1% em 2020.
“Estamos cautelosos em relação a 2020 porque ainda não temos clareza sobre o que vai acelerar o PIB. O que estamos vendo no mercado financeiro é muito mais uma aposta do que algo concreto”, disse Fermanian.
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