Arezzo: como pai e filho criaram a marca de R$ 6 bilhões

O podcast Do Zero ao Topo dessa semana entrevista o fundador da Arezzo, Anderson Birman, e seu filho e atual CEO, Alexandre Birman

Letícia Toledo

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SÃO PAULO – Desde que abriu seu capital na Bolsa, em 2011, a varejista de calçados e acessórios Arezzo (ARZZ3) é conhecida no mercado por seu crescimento sólido, mas sem agressividade ou grandes mudanças em sua estratégia de negócio.

A receita utilizada ao longo dos últimos oito anos para crescer parecia seguir a risco um manual: escolher um perfil de consumidora, criar uma marca para atendê-la e sair abrindo lojas.

Quando a companhia anunciou, no início de outubro, que seria a distribuidora exclusiva da marca americana Vans no Brasil surpreendeu o mercado. Pela primeira vez a Arezzo licencia uma marca e, ainda por cima, escolhe uma marca com maior aderência no público masculino enquanto todas as outras do grupo estão no segmento feminino.

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Desde o anúncio, suas ações da Arezzo acumulam uma alta de mais de 33%, avaliando a empresa em cerca de R$ 6 bilhões.

Para falar sobre essa mudança na companhia e entender seus 47 anos de história o podcast Do Zero ao Topo dessa semana entrevista o fundador da empresa, Anderson Birman, e seu filho e atual CEO, Alexandre Birman. (Ouça o episódio na íntregra pelo player acima ou nas principais plataformas de áudio).

“A parceria com a Vans veio para mostrarmos ao mercado que a Arezzo é hoje uma gestora de marcas, tanto de marcas desenvolvidas internamente quanto de marcas nas quais vemos grande potencial”, explicou Alexandre durante o podcast.

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O licenciamento da Vans pela Arezzo começa a valer a partir de janeiro. Segundo Alexandre, uma equipe de cerca de 25 pessoas está trabalhando para integrar a base de dados da Vans com a da Arezzo. Ele diz ainda que a marca tem grande potencial para abrir novas lojas.

As grandes mudanças da história da Arezzo

A história completa da Arezzo mostra outros momentos em que a empresa mudou seus negócios para conseguir crescer. O maior deles aconteceu em 1995, quando Anderson Birman decidiu fechar sua fábrica com cerca de 2000 funcionários em Minas Gerais e terceirizar a produção de sapatos no Rio Grande do Sul.

“Na época muitos criticaram, mas eu percebi que não poderia escalar fabricando sapatos no meio do Brasil. Era tudo muito espalhado”, afirma Anderson.

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Outra grande mudança estratégica veio em 2007, com a entrada de um fundo Tarpon no quadro societário e a decisão de unir as marcas Arezzo, criada por Anderson, e Schutz, criada por Alexandre.  “Foi uma mudança que nos possibilitou crescer mais e chamar a atenção do mercado para depois fazer o IPO [oferta inicial de ações]”, disse Alexandre.

Sobre o Do Zero ao Topo

O podcast Do Zero ao Topo traz, a cada semana, um empresário de destaque no mercado brasileiro para contar a sua história, compartilhando os maiores desafios enfrentados ao longo do caminho e as principais estratégias utilizadas na construção do negócio.

O programa já recebeu nomes como João Apolinário, fundador da Polishop, José Galló, executivo responsável pela ascensão da Renner, Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos, André Penha, cofundador do QuintoAndar, Sebastião Bonfim, criador da Centauro e Edgar Corona, da rede Smart Fit.

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Um novo episódio vai ao ar toda quarta-feira a partir das 18h. É possível seguir e escutar o programa pelo Apple PodcastsSpotifyDeezerSpreakerGoogle PodcastCastbox e demais agregadores de podcast.

Letícia Toledo

Repórter especial do InfoMoney, cobre grandes empresas de capital aberto e fechado. É apresentadora e roteirista do podcast Do Zero ao Topo.