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(Bloomberg) — O juro em nível historicamente baixo e o otimismo com os esforços do Brasil em aprovar a reforma da Previdência estão atraindo investidores de volta ao maior fundo de índice de ações brasileiras.
Investidores ingressaram com US$ 126 milhões no iShares MSCI Brazil ETF, fundo de índice conhecido por EWZ, a maior entrada semanal em oito meses. Houve poucos recursos entrando ou saindo do ETF de US$ 8,6 bilhões desde junho, quando investidores retiraram US$ 358 milhões em uma única semana.
O sentimento construtivo com ações está aumentando à medida que há a expectativa de que o Banco Central siga reduzindo a taxa básica de juros, que já se encontra na mínima histórica, dado que a economia brasileira se recupera a uma velocidade abaixo do esperado e a inflação segue sob controle. Economistas cortaram sua projeção para a taxa Selic no fim do ano de 4,75% para 4,50%, segundo pesquisa semanal Focus.
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Enquanto o Ibovespa acumula alta de 20% no ano, os ganhos foram puxados principalmente por investidores locais. Os estrangeiros já tiraram cerca de R$ 4,6 bilhões de ações no ano, contabilizando fluxos do mercado secundário e de ofertas de ações, de acordo com dados da B3. Excluindo as ofertas, a saída no acumulado do ano salta para R$ 30,6 bilhões.
Morgan Harting, gestor de recursos da AllianceBerstein em Nova York, vê as ações com mais espaço para ganhos adicionais, particularmente diante do progresso com reformas estruturais e com a permanência da trajetória descendente para os juros.
“Atualmente, nossa maior exposição na América Latina é em Brasil, e, principalmente, em ações. Nós tínhamos uma alocação maior em títulos brasileiros, mas realizamos os lucros com o juro em queda”, disse Harting.
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A votação final da reforma da Previdência no Senado, esperada para esta terça-feira, também pode ter motivado o fluxo de entrada.
“Há algumas reformas econômicas no pipeline que podem ser vistas como catalisadores para Brasil no curto prazo”, disse Mohit Bajaj, diretor de ETFs na WallachBeth Capital. “Para um play de curto prazo, eu gosto do país, especialmente se a queda de juros estimular o crescimento. Mas apenas como um play tático em vez de um ativo para segurar no longo prazo, até o fim do ano.”
Will Pruett, gestor da Fidelity, que está overweight em ações brasileiras na América Latina e supervisiona US$ 542 milhões, diz que se os juros caírem mais do que o mercado atualmente precifica — e a curva de juros ainda estiver muito inclinada –, então o mercado acionário pode estar substancialmente subvalorizado.
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“Esse é o verdadeiro argumento otimista para as ações brasileiras.”
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