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(Bloomberg) — Uma voz influente do Banco Central Europeu até agora esteve claramente ausente no debate sobre a possibilidade de aumentar as medidas de estímulos.
O presidente do Banco da França, François Villeroy de Galhau, que comanda o banco central da segunda maior economia da zona do euro, ainda não manifestou sua opinião se o bloco precisa de um grande pacote, que incluiria um corte dos juros e o reinício da flexibilização quantitativa (QE, na sigla em inglês).
O silêncio do presidente do banco central francês se tornou evidente depois de uma semana que expôs as divisões no Conselho do BCE sobre o caminho a seguir.
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Os presidentes dos bancos centrais da Alemanha e da Holanda, assim como um membro do Conselho Executivo do BCE, disseram que não veem necessidade de retomar a compra de títulos, e o presidente do banco central da Áustria afirmou que provavelmente será crítico em relação a uma outra rodada de flexibilização.
Ao mesmo tempo, Espanha e Finlândia disseram que reiniciar o QE deve continuar sendo uma opção.
Essa divisão torna a posição de Villeroy de Galhau fundamental para as expectativas do mercado sobre o que as autoridades de política monetária vão decidir quando se reunirem em 12 de setembro. Embora o presidente do BCE efetivamente tenha preparado os mercados para a ação, os investidores não sabem até onde Mario Draghi poderá ir.
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“Villeroy de Galhau pode ser capaz de influenciar a magnitude do movimento”, disse Anatoli Annenkov, economista sênior do Société Générale em Londres.
O presidente do banco central francês tem até quarta-feira à noite para comunicar sua opinião publicamente. Depois disso, o Conselho do BCE entra em período de silêncio. Por causa de um sistema de rotatividade para facilitar a tomada de decisões, Villeroy de Galhau não vota na reunião. Na prática, porém, seu ponto de vista ainda terá peso, e os diretores do BCE raramente recorrem à votação, preferindo o consenso ou a unanimidade.
Apesar de reforçar a capacidade do BCE de aumentar os estímulos, o presidente do banco central francês também disse que a política monetária deve ser guiada por dados, e não por expectativas do mercado.
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Traders precificam um corte dos juros de cerca de 16 pontos-base na reunião. A RBC Capital Markets, no entanto, projeta uma redução de 20 pontos-base na taxa de depósito – atualmente negativa em 0,4% – com mais cortes previstos no fim do ano. Bancos como Goldman Sachs, Nomura e ABN Amro apostam em uma nova rodada de QE.
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