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A TIM vai ativar até o fim do ano mais dois polos de testes da tecnologia 5G no Brasil, sendo um deles em São Paulo (SP) e o outro em Campina Grande (PB). A operadora já montou neste ano um ponto em Florianópolis (SC) e outro em Santa Rita do Sapucaí (MG), totalizado quatro núcleos no País.
O objetivo da TIM com essas unidades é testar suas próprias redes, bem como o equipamento de fornecedores, além de fomentar o desenvolvimento de aplicações para serem lançadas assim que a nova tecnologia estiver disponível.
“Não podemos esperar a chegada do 5G para, só a partir daí, desenvolver o ambiente de aplicações”, disse o vice-presidente de tecnologia da TIM, Leonardo Capdeville.
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“Queremos disponibilizar a tecnologia o quanto antes para que os desenvolvedores comecem a projetar aplicações. Quando o 5G chegar, elas já estarão disponíveis”, explicou, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
O novo polo de São Paulo terá equipamentos das Ericsson, ficará no Cubo (centro de inovações do banco Itaú) e será destinado essencialmente para startups com foco no desenvolvimento de novas aplicações para a indústria e para a mobilidade urbana.
Já em Campina Grande o centro contará com equipamentos da Nokia, parceria da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e será mais voltado para pesquisas acadêmicas. Em Florianópolis, os testes têm apoio da Huawei, e em Santa Rita, da Ericsson.
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Com isso, a TIM consolidará testes com três das maiores fornecedoras de equipamentos e redes de telecomunicações no Brasil. “A intenção é checar se nossa estrutura está capacitada. E temos visto que sim. Então só aguardamos o roll out da disponibilização do espectro”, afirmou Capdeville.
A TIM recebeu uma licença especial para montar os polos de testes, uma vez que as faixas de frequência do 5G só serão oficialmente liberadas após o leilão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no ano que vem.
A licença neste momento permite o uso da faixa pela operadora em uma região reduzida, e as aplicações em desenvolvimento têm caráter apenas experimental, sem fins comerciais por enquanto.
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O vice-presidente de tecnologia da TIM também defendeu que o leilão de 5G, previsto para o segundo trimestre de 2020, não tenha caráter arrecadatório, ou seja, que o governo não cobre valores elevados pela cessão das faixas sob o risco de inviabilizar investimentos na expansão da cobertura da nova tecnologia.
Ele lembrou que as operadoras ainda estão ampliando as redes de 4G, que continuarão responsáveis pelo aumento do tráfego de dados enquanto o 5G não chega ao mercado.
“Nos próximos anos, teremos que continuar fazendo frente ao crescimento do 4G, teremos que investir no leilão do 5G e na instalação da cobertura da rede de 5G. Se leilão não for bem balanceado, há risco de faltar dinheiro para os investimentos necessários”, justificou.
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Segundo o executivo, o governo federal “está consciente” sobre a importância da tecnologia 5G para ganho de produtividade nos setores produtivos, o que sugere que o leilão poderia não ser arrecadatório.
“Com todos os atores que temos falando, seja no MCTIC e na Anatel, o sentimento de oportunidade do 5G é latente. Estamos otimistas”, citou, reafirmando ainda que a TIM buscará a liderança na cobertura do 5G.
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